Cuiabá, 14 de Maio de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 21 de Setembro de 2020, 10:54 - A | A

21 de Setembro de 2020, 10h:54 - A | A

POLÍTICA / ELEIÇÕES 2020

Para analista político, eleição não trará renovação, apenas ‘troca de nomes’

Euziany Teodoro
Única News



Há alguns anos o Brasil apresenta uma taxa de “renovação” superior a 50% nas eleições, especialmente para o legislativo – câmaras de vereadores, assembleias legislativas e Congresso Nacional. No entanto, isso é, de fato, uma renovação?

Para o analista político João Edisom de Souza, temos um “problema” com o verdadeiro conceito de renovação no Brasil. Para ele, o que mais acontece é uma “troca de nomes”, não a eleição de “novos nomes”.

“Temos um problema com o conceito de renovação. A gente trabalha no Brasil, por exemplo, de que a eleição Jair Bolsonaro foi renovação, mas não é isso. Ele já estava em cargos políticos há 28 anos. É apenas troca de nomes. Temos alguns nomes que já eram da política, apenas não foram leitos na última eleição, e aí voltam”, explica.

Este ano, todos os vereadores por Cuiabá são candidatos à reeleição, com exceção de três deles, que tentarão a majoritária à Prefeitura da capital: Abílio Jr (Podemos) e Felipe Wellaton (Cidadania), aliados em chapa única; e Marcelo Bussiki (DEM), que tentará o cargo de vice ao lado de Roberto França (Patriota).

“Acredito que haverá uma troca de nomes acima de 50%. Mas a renovação, em si, deve ficar abaixo de 50%. Secretários municipais podem entrar. Gente que estava na assessoria de algum político pode entrar. Não é renovação, é continuidade de um trabalho que já estava sendo feito por outros nomes”, afirma João Edisom.

Além disso, há outro dado característico nas eleições para a Câmara de Vereadores. A soma dos votos daqueles que são eleitos, não representam nem 20% do total de votos de uma eleição.

“O Brasil tem uma característica: a soma do total dos votos daqueles que foram eleitos deve atingir 20% do total das pessoas que foram votar. Quem tem mandato e tenta reeleição, já sai na frente. Enquanto quem sai do zero tem todos os votos para conquistar. Não temos uma legislação que favoreça isso. Deveria ser permitida apenas uma reeleição, como é o caso de prefeitos”, conclui.

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