Cuiabá, 08 de Maio de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 12 de Abril de 2022, 14:20 - A | A

12 de Abril de 2022, 14h:20 - A | A

POLÍTICA / DISCURSO DE ÓDIO

Edna pede cassação de Paccola após vereador dizer que possui armas para 500 petistas

Thays Amorim
Única News



A vereadora por Cuiabá Edna Sampaio (PT) protocolou nesta terça-feira (12) um pedido de cassação do mandato do vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos), assinado pelo Partido dos Trabalhadores, por quebra de decoro parlamentar. A denúncia é referente a uma fala do parlamentar em sessões anteriores, quando disse possuir e portar armas e munição suficientes para enfrentar “quinhentos petistas”.

As declarações de Paccola foram feitas no plenário da Câmara Municipal, durantes as sessões do dia 31 de março e 7 de abril.

“[...] mais que chulos, os termos empregados pelo denunciado são uma afronta à Declaração Universal dos Direitos Humanos, à Constituição da República Federativa do Brasil, à Lei Orgânica Municipal e, sobretudo, ao Código de Ética e Decoro Parlamentar desta Câmara Municipal”, diz o documento.

Durante sessão ordinária, Edna Sampaio destacou que o posicionamento de Paccola é de extrema-direita, apontando esta como uma facção fascista da direita, que deseja tirar pessoas consideradas “bandidas” - em geral, negros, pobres e os que lutam por direitos - de sua condição de humanidade.

A parlamentar salientou que não se pode naturalizar o ódio como política pública.

“Como nós, vereadores, podemos tratar com naturalidade o discurso de ódio de um parlamentar eleito pela população para representar democraticamente os interesses da população e vem reivindicar que sejamos um estado policialesco, que mata as pessoas?”, enfatizou.

Ela criticou o discurso em defesa do porte de armas e a “hierarquização” das pessoas entre as que merecem e as que não merecem viver e relacionou este contexto ao aumento da violência.

“Ninguém aqui está autorizado para, usando da prerrogativa parlamentar, abusar do direito à palavra e conspirar contra a democracia e a vida das pessoas. Todas as vidas importam e nós, aqui, estamos obrigados a respeitar as vidas”, disse.

“Não podemos naturalizar o ódio como política, isso está levando o país à derrocada, levando as pessoas a se sentirem inseguras, está levando a matarem mulheres por armas de fogo. Essa defesa odiosa do armamento, como se houvesse pessoas humanas e não humanas. Isso é inadmissível. Não me intimida quem vem aqui, posando de muito machão, reivindicar o direito de matar”, disse. (Com informações da assessoria)

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