Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Quinta-feira, 21 de Janeiro de 2021, 15:21 - A | A

21 de Janeiro de 2021, 15h:21 - A | A

POLÍCIA / “PERICULOSIDADE EVIDENTE”

Justiça nega prisão domiciliar a policial que atirou em rosto de mulher

Aline Almeida
Única News



Decisão da juíza da Primeira Vara Criminal de Sorriso (a 420 km de Cuiabá), Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, nega prisão domiciliar ao policial Weberth Batista Ribeiro. O militar, junto com o colega de farda Ezio Sousa Dias, respondem pela tentativa de homicídio de uma mulher. A vítima estava num ponto de ônibus com o namorado, quando foi agredida pelos policiais e baleada no rosto. Ela precisou passar por cirurgia de reconstrução da mandíbula.

A defesa de Weberth pediu que o policial, que está na unidade militar de Santo Antônio do Leverger, fosse transferido para o 12º Batalhão de Polícia Militar de Sorriso ou unidade mais próxima. Requereu ainda a conversão da prisão preventiva em domiciliar. O objetivo é garantir que o mesmo fique próximo à família.

No entanto, a magistrada pontuou que foi promovido o recambiamento do batalhão da PM para o presídio militar, pelo fato de o batalhão não dispor de estrutura suficiente e adequada para manter Weberth segregado, sem prejudicar a prestação de serviço da Polícia Militar no município.

Quanto a mantê-lo próximo da família, a juíza ressalta entendimento de instância superior, confirmando que não há que se falar em “obrigatoriedade do resgate da reprimenda perto dos familiares, pois tal direito não se revela absoluto e depende da observância de determinados requisitos, tais como a conveniência e oportunidade para a administração pública”.

Emanuelle oficiou o 3º Comando Regional para indicar eventual vaga em Unidade Policial com condições para custodiar o acusado, mais próximo de Sorriso.

Quanto ao pedido de prisão domiciliar, a magistrada destaca que a periculosidade do policial é evidente. Ele responde a dois inquéritos militares, além de uma ação penal por extorsão da qual estava em liberdade provisória. “Conclui-se que o risco de reiteração de condutas delituosas, protagonizadas por parte do requerente, é extremamente palpável, de tal sorte a revelar contornos de que se trata de indivíduo que gera periculosidade à sociedade”, destaca a decisão.

O crime

O caso foi registrado em 17 de janeiro do ano passado. Imagens de uma câmera de segurança filmaram o momento em que a vítima, que estava ao lado do namorado, sentada em um banco, foi atingida por um tiro.

Os PMs, que estavam de folga, aparecem virando a esquina de uma rua e, ao passar pelo casal, apontam as armas para as vítimas. Um deles volta e agride a mulher. Elizangela Moraes, 44 anos, foi baleada no rosto e no pescoço. Weberth e Ezio serão submetidos a Júri Popular pela tentativa de homicídio. A data ainda não foi marcada.

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