Ari Miranda
Única News
As investigações da Polícia Civil sobre o incêndio criminoso das lojas Cinderella Calçados e Multi Shop Presentes, em Paranatinga (384 Km de Cuiabá), revelaram que o incêndio foi uma represália ordenada por uma facção aos proprietários das duas empresas, por se recusarem a pagar uma “mensalidade” cobrada de comerciantes da cidade pela organização criminosa, como uma espécie de "taxa de segurança".
Conforme noticiado pelo Única News, os dois estabelecimentos comerciais foram completamente destruídos por um incêndio criminoso, registrado na madrugada dessa terça-feira (28). Populares viram o momento em que dois criminosos quebraram as vitrines das duas lojas, jogaram combustível e atearam fogo.
De acordo com as investigações, dias antes do ataque, um casal de faccionados ameaçou por telefone o dono da loja, obrigando-o a pagar valores aos criminosos. O casal envolvido nas primeiras extorsões foi identificado horas depois do incêndio e apontados como mandantes do crime. Ambos estavam detidos no Centro Penitenciário de Paranatinga e foram transferidos para uma área de isolamento.
Conforme a Polícia Civil, além do casal, outros membros da facção criminosa também auxiliaram na extorsão e "pressões" contra o dono da loja de presentes. Imagens de câmeras de segurança e outros elementos coletados confirmaram que um dos membros do grupo foi visto dentro da loja fazendo cobranças a funcionários do estabelecimento.
Com base nos elementos e depoimentos coletados durante a investigação, a Polícia Civil representou pelas prisões dos envolvidos no crime, que rapidamente foram deferidas pela 2ª Vara Criminal da de Paranatinga.
Até o momento, sete faccionados já foram presos por envolvimento no incêndio criminoso, além de serem apontados como suspeitos pela prática de extorsão e chantagem contra comerciantes de Paranatinga.
As investigações do incêndio foram conduzidas pela Delegacia de Paranatinga, com apoio das Delegacias Regional, Municipal e Delegacia de Roubos e Furtos de Primavera do Leste (242 Km de Cuiabá).
(Foto: Michel Alvim / Secom-MT)

O secretário de Segurança Pública de MT, coronel PM Cesar Roveri.
TOLERÂNCIA ZERO
Após o incêndio, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) reforçou o policiamento em Paranatinga, com o envio de equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), Força Tática, Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Gerência de Operações Especiais (GOE).
O titular da Sesp, coronel PM César Roveri, destacou que as equipes policiais agiram rápido e deram a resposta à altura ao crime, seguindo a determinação do programa de Tolerância Zero as facções criminosas, instituído no estado.
"Assim que tomamos conhecimento dos ataques em Paranatinga, mobilizamos força total para a identificação e prisão dos suspeitos. Já sabemos quem são os mandantes e pedimos a imediata transferência deles para a área de isolamento. Vamos trabalhar para que nenhum criminoso fique impune em Mato Grosso. É o compromisso do programa Tolerância Zero Contra as Facções, e nossas forças de segurança estão atuando com total empenho para garantir a tranquilidade da população", afirmou.
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