Cuiabá, 06 de Maio de 2024

POLÍCIA Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2021, 18:17 - A | A

11 de Janeiro de 2021, 18h:17 - A | A

POLÍCIA / CASO RODRIGO CLARO

Defesa de tenente Ledur consegue adiar julgamento na Justiça Militar

Elloise Guedes
Única News



O julgamento da tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur de Souza Dechamps, acusada pela morte do aluno dos bombeiros Rodrigo Claro, em novembro de 2016, em Cuiabá, foi adiado pela Justiça Militar. O julgamento, que estava marcado para o dia 27 de janeiro, seria feito por videoconferência.

De acordo com a defesa de Ledur, o cancelamento ocorreu após pedido de prorrogação de prazo para apresentação de alegações finais. Ou seja, a suspensão da audiência se justifica com o fim de resguardar paridade de armas entre Ledur e o órgão acusador.

O estudante do curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros foi internado após passar mal em uma aula na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. Rodrigo ficou em coma na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) de um hospital particular da capital e morreu cinco dias depois.

O jovem fazia aula de instrução de salvamento quando passou mal. A Justiça investiga se houve abusos por parte dos instrutores do curso de formação.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) a tenente Ledur, que era a instrutora do curso, usou de meios abusivos de natureza física e de natureza mental.

A nova data do julgamento ainda não foi divulgada.

Entenda o caso

Em depoimento, colegas de curso de Rodrigo informaram que ele vinha sendo submetido a diversos "caldos", e que chegou a reclamar de dores de cabeça e exaustão. Ainda assim, ele teria sido obrigado a continuar na aula pela tenente, que na época era responsável pelos treinamentos dos novos soldados da corporação.

Para o Ministério Público do Estado, por Rodrigo ter apresentado dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios e, ainda assim, a oficial utilizar métodos abusivos nos treinamentos para puni-lo, revela “inequivocamente, o perfil perverso da tenente como instrutora”.

Além da tenente, também foram denunciados os militares Marcelo Augusto Revéles Carvalho, Thales Emmanuel da Silva Pereira, Diones Nunes Sirqueira, Francisco Alves de Barros e Enéas de Oliveira Xavier.

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