Cuiabá, 06 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Sábado, 19 de Fevereiro de 2022, 08:26 - A | A

19 de Fevereiro de 2022, 08h:26 - A | A

JUDICIÁRIO / “MENSALINHO”

MPE instaura inquérito contra Walace Guimarães e exige devolução de R$ 16,5 milhões

Marcella Magalhães
Única News



O Ministério Público do Estado de Mato Grosso instaurou inquérito, nesta sexta-feira (18), com finalidade de apurar a ocorrência de danos ao erário e atos de improbidade administrativa decorrentes do recebimento de propina mensal, denominada “mensalinho”, pelo ex-deputado estadual e ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Santos Guimarães (MDB).

De acordo com a ação, os valores teriam sido pagos pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso com recursos públicos desviados da própria Casa de Leis, em contratos simulados mantidos com empresas de diversos ramos (gráficas, construtoras, setor de tecnologia da informação, dentre outras).

Os fatos surgiram por meio da delação premiada, junto ao Supremo Tribunal Federal e ao Ministério Público Federal, do ex-governador Silval Barbosa.

Nos anos de 2003 a 2006, os deputados estaduais receberam entre trinta e quarenta mil reais por mês e no período de 2007 a 2010, quando Silval Barbosa atuava como vice-governador, o pagamento do “mensalinho” continuou de forma ininterrupta e com os mesmos valores.

Ocorre que o “mensalinho” também foi delatado pelo ex-deputado estadual José Geraldo Riva, que era a pessoa que controlava o esquema, a partir do ano de 2003, onde trouxe mais detalhes acerca do esquema e apontou outros 35 (trinta e cinco) ex e atuais deputados estaduais que também se beneficiaram desta propina mensal.

Em trecho do documento é citado que Walace Guimarães “agiu dolosamente, uma vez que tinha pleno conhecimento de que os valores eram oriundos de ajustes espúrios com as empresas que contratavam com a Assembleia Legislativa e que participar deste esquema causaria danos ao erário, conduzindo-se desonestamente para o exercício do mandato parlamentar, nas legislaturas que abrangem o período de 01/02/2007 a 31/12/2012”.

O texto do processo é finalizado com o trecho “sobressai, porém, nesta ação autônoma de ressarcimento, que a conduta ilícita do Réu provocou danos ao patrimônio público, no montante atualizado de R$ 16.513.113,56 (dezesseis milhões quinhentos e treze mil cento e treze reais), uma vez que este recurso foi desviado por meio de "retornos" de empresas fornecedoras da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, especialmente para efetuar o pagamento do malfadado "mensalinho" ao réu”.

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