Euziany Teodoro
Única News
OAB/MT
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB), Leonardo Campos, enviou áudio à imprensa onde nega ter agredido sua esposa, a advogada Luciana Póvoas, na noite dessa quarta-feira (27). Leonardo foi preso em flagrante, durante a madrugada de hoje (28), por violência doméstica.
No áudio, Leonardo Campos conta que recebeu uma ligação do filho, às 19h30, contando que Luciana “estava muito alterada e agressiva e inclusive brava”, segundo ele. Ainda afirmou que, quando chegou em casa, a esposa estava discutindo com o filho do casal.
“Ontem, por volta das 19:30, recebi uma ligação do meu filho relatando que a Luciana estava muito alterada e agressiva e inclusive brava. Preocupado com a situação, ao adentrar o apartamento presenciei uma áspera discussão entre a Luciana e meu filho”, contou.
No entanto, em seu depoimento, o filho do casal, de 17 anos, afirmou que estava em seu quarto, quando ouviu a discussão e flagrou o pai agredindo Luciana. Veja o trecho.
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Campos disse que não agrediu a esposa e que, devido à suposta agressividade dela, tentou se trancar em um quarto, momento em que ela teria desferido um tapa em suas costas.
“Devido à agressividade do momento, eu disse que não iria discutir qualquer assunto naquele tom e naquele momento. Quando fui em direção ao meu quarto, fui empurrado pelas costas pela Luciana, voltei e disse que não admitiria tal situação e aqui cabe um parêntese: todos que me conhecem e acompanham meu trabalho, sabem o quanto repudio a agressão e violência doméstica”.
Luciana alegou, em seu depoimento, que deu um tapa nas costas do marido em reação ao empurrão que ele lhe deu primeiro, fazendo com que ela batesse em um armário. Versão que confirmada pelos policiais que atenderam a ocorrência e efetuaram a prisão em flagrante, corroborada em decisão do juiz Jamilson Haddad Campos, que determinou medidas protetivas à advogada.
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Leonardo Campos conta que ele próprio pediu as medidas protetivas e afirmou que vai pedir à OAB-MT que investigue sua conduta.
“Da mesma forma, eu prestei esclarecimentos e eu próprio requeri a fixação de medidas protetivas, para que tenhamos segurança, proteção e tranquilidade para que o processo tenha seu curso normal. Nessa data ainda ou logo mais, efetuarei pedido à Ordem dos Advogados do Brasil para que a comissão de Direito da Mulher acompanhe todas as fases do processo e para que a Ordem apure a minha conduta”, disse.
Medidas protetivas
O juiz Jamilson Haddad Campos, ao conceder liberdade provisória a Leonardo Campos, estabeleceu medidas protetivas em favor de Luciana Póvoas.
Leonardo não deve se aproximar da advogada ou de seus familiares no limite mínimo de 500 metros; está proibido de manter contato com ela, assim como seus familiares e testemunhas; e está proibido de frequentar a residência dela.
Veja a transcrição, na íntegra, da defesa de Leonardo Campos em áudio.
Passo por aqui para, diante do caso veiculado na mídia, relatar e restabelecer a verdade dos fatos envolvendo a minha pessoa. Ontem, por volta das 19:30, recebi uma ligação do meu filho relatando que a Luciana estava muito alterada e agressiva e inclusive brava. Preocupado com a situação, ao adentrar o apartamento presenciei uma áspera discussão entre a Luciana e meu filho.
Essa discussão voltou-se à minha pessoa. Devido à agressividade do momento, eu disse que não iria discutir qualquer assunto naquele tom e naquele momento. Quando fui em direção ao meu quarto, fui empurrado pelas costas pela Luciana, voltei e disse que não admitiria tal situação e aqui cabe um parêntese: todos que me conhecem e acompanham meu trabalho, sabem o quanto repudio a agressão e violência doméstica.
Afirmei novamente que não discutiria naquele tom, tentando fechar a porta do quarto, quando fui impedido pela Luciana. Meu filho também interveio e foi quando ela disse que chamaria a polícia. Então eu disse: faça, ótimo!
Acionada a polícia, fomos até a delegacia e, na delegacia, devidamente assistida pela Presidente do Conselho Estadual de defesa das mulheres, a Luciana prestou seu depoimento, afirmou e reafirmou que em momento algum houve agressão.
Da mesma forma, eu prestei esclarecimentos e eu próprio requeri a fixação de medidas protetivas, para que tenhamos segurança, proteção e tranquilidade para que o processo tenha seu curso normal.
Nessa data ainda ou logo mais, efetuarei pedido à Ordem dos Advogados do Brasil para que a comissão de Direito da Mulher acompanhe todas as fases do processo e para que a Ordem apure a minha conduta.
Neste momento, gostaria de contar com a compreensão de todos, em se tratando de um assunto pessoal, que nós preservemos as pessoas envolvidas e que eu possa ter a tranquilidade e a serenidade necessárias para resolver isso da forma menos traumática.
Hoje é uma manhã triste, porque os fatos são obviamente entristecedores e, por óbvio, eu como cidadão, repudio qualquer tipo de violência. Espero e tenho certeza que o processo restabelecerá a verdade dos fatos, onde mais uma vez estará devidamente provada que em momento algum houve agressão.
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