Cuiabá, 19 de Maio de 2024

CIDADES Terça-feira, 26 de Outubro de 2021, 18:00 - A | A

26 de Outubro de 2021, 18h:00 - A | A

CIDADES / PAI NÃO REVELA PARADEIRO

Laudo diz que menor desaparecida teve sintomas de ansiedade após separação abrupta da mãe

Thays Amorim
Única News



Um laudo assinado na última quinta-feira (21) pela psicóloga Sara Cibelle Soares Nasser aponta que I.P.P.A, de oito anos, apresentou fortes sintomas de ansiedade após ser separada de modo abrupto da mãe, a enfermeira Marina Pedroso Ardevino, e do irmão materno. A menor está há mais de 100 dias desaparecida, em posse da família do pai, que possui a guarda compartilhada, o advogado João Vitor Almeida Praeiro Alves.

O pai da menor se recusa a devolver a filha à mãe. De acordo com o laudo, um episódio anterior, porém similar ao que está ocorrendo, causou prejuízos à criança.

"Esse afastamento de forma forçada da mãe e irmão materno ao qual sempre conviveu traz grandes prejuízos para o desenvolvimento cognitivo/comportamental/emocional dela Isso pode causar um sentimento de desvalor e impotência dentro da criança, quando não se atentam por incluí-la nessas mudanças e separações de cuidadores/genitores", diz trecho do documento.

O pai acusa Marina Pedroso de maus-tratos e alega que a filha não quer ficar com a mãe. A denúncia sobre as alegações foi arquivada pelo Ministério Público Estadual (MPMT). O documento também contradiz a versão do advogado e afirma que "a mãe não apresenta nenhum mal para a Isadora, dessa forma não faz sentido algum o pai privar a mãe do contato com a filha".

Outro parecer, assinado pela pedagoga Thais Jimenez Braga, reforça a versão da mãe e diz que as dificuldades cognitivas, emocionais e educacionais podem ser explicadas por alterações emocionais. A profissional pontuou ainda que Isadora é uma criança amável e carinhosa, apresentando muito carinho por meio de pinturas.

Uma decisão do dia 28 de setembro, o juiz da 5ª Vara Especializada de Família de Cuiabá, Luiz Fernando Voto Kirche, incluiu a menor no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos. João Vitor, que possui a guarda compartilhada da menor, está descumprindo uma decisão judicial, já que a referência de lar é da mãe da criança, a enfermeira Mariana Pedroso, em Cuiabá. Ele pegou a criança em julho, para passar cinco dias durante o recesso escolar. Entretanto, desde então, ele não retornou com a criança à Capital.

João Vitor, que possui a guarda compartilhada da menor, está descumprindo uma decisão judicial, já que a referência de lar é da mãe da criança, a enfermeira Mariana Pedroso, em Cuiabá. Ele pegou a criança em julho, para passar cinco dias durante o recesso escolar. Entretanto, desde então, ele não retornou com a criança à Capital.

A menor estava em Bauru (SP), em posse do advogado e da avó. Entretanto, ela foi encaminhada à fronteira do Estado e estaria com uma tia-avó, em Balneário Camboriú, no estado de Santa Catarina. Os familiares ligados a João Vitor se negam a revelar o paradeiro da criança.

Outro lado

Em nota encaminhada à reportagem do Única News, a assessoria do advogado afirmou que não irá se manifestar devido ao processo judicial sobre o caso correr em segredo de Justiça. O pai da menor pontuou que acredita no Judiciário e sensibilidade à imprensa.

Veja a nota na íntegra:

Em virtude do segredo de justiça que tutela os processos que envolvem crianças e adolescentes, objetivando respeitar e resguardar integridade psicológica, moral e física, evitando expor sua intimidade, preferimos não nos manifestar neste momento.

Acreditamos, sobretudo, que o Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso, tem competência legal para decidir o que for de melhor interesse para a menor.

Por todo o exposto agradecemos o trabalho da imprensa e a disponibilidade para o contraditório, no que pedimos sensibilidade neste momento processual, onde todas as partes terão oportunidade de produzir suas provas.

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