Cuiabá, 05 de Maio de 2024

CIDADES Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2024, 17:19 - A | A

12 de Janeiro de 2024, 17h:19 - A | A

CIDADES / CRISE ECONÔMICA

Comércio de Chapada sente reflexos dos bloqueios na MT-251

Rede hoteleira e de restaurantes registra queda de 50% no fluxo de turistas. Preços nas prateleiras dos supermercados sobem de forma vertiginosa.

Ari Miranda
Única News



Reprodução/Internet

CHAPADA DOS GUIMARÃES.jpg

 

Os constantes bloqueios da rodovia MT-251, na região do “Portão do Inferno” tem feito comerciantes e empresas do município de Chapada dos Guimarães entrarem em crise econômica. Situado a 65 Km da capital, moradores da cidade, que tem sua economia baseada no turismo, já veem os sinais da crise nas ruas, com a ausência dos visitantes, típica para o período.

A revelação foi feita à imprensa na manhã desta sexta-feira (12), pelo prefeito de Chapada, Osmar Froner (MDB), durante fiscalização do Tribunal de Contas (TCE-MT) às obras de instalação de redes de segurança, que estão sendo feitas no Portão do Inferno.

Segundo o gestor, a rede hoteleira e gastronômica da cidade já opera com 50% de redução no fluxo, o que tem aumentado o índice de desemprego em Chapada durante um dos períodos mais aquecidos e importantes do calendário turístico.

“Além de subir os preços, reduz o seu fluxo de pessoas, que são seus consumidores. Hoje, os nossos restaurantes, as nossas pousadas, a rede hoteleira e de gastronomia estão trabalhando com um fluxo de mais de 50% de redução. Então, já começa a ter desemprego, começa a ter crise econômica”, afirmou.

Além disso, Froner disse que, ao mesmo tempo em que a rede hoteleira e de restaurantes da cidade sente os efeitos dos bloqueios na 251 com a falta de turistas, a população também sente os efeitos da crise nas gôndolas dos supermercados, onde os preços dos alimentos sobem a cada dia de forma vertiginosa.

Osmar destacou ainda que o preço do frete de mercadorias para a cidade aumentou aproximadamente 40% desde o início da proibição de transito de caminhões no Portão do Inferno. Com isso, os preços dos alimentos dispararam na cidade, fazendo com que um pacote de arroz de 5 quilos chege ao valor estratosférico de R$ 55 - mais que o dobro do preço praticado na capital.

“Logicamente que pesa para a nossa população. Nós temos uma população que, na maioria, faz as compras no comércio de Chapada. Poucos têm condição de se deslocar a Cuiabá ou a Campo Verde. Então, quando os custos dos alimentos sobem, a população da classe média e a mais vulnerável sofre muito”, ressaltou.
Froner afirmou ainda que o impacto do fechamento da rodovia não foi tão sentido durante as festas de final de ano como é agora. Isso porque, segundo o prefeito, durante o peíodo de Natal e Ano Novo, os turistas tinham mais tempo para aguardar na estrada ou pegar rotas alternativas, o que já não acontece mais.

“Nós notamos que durante o Réveillon, por ser uma festividade, as pessoas estavam com tempo para isso. Agora não. As pessoas que vêm a Chapada, que são veranistas de casas de veraneio, que são turistas, elas se preocupam muito no momento de vir e a complicação para voltar”, enfatizou.

Diante das dificuldades, o administrador torce para que as ações emergenciais do Governo do Estado na região do Portão do Inferno permitam a liberação do tráfego o quanto antes, cobrando ainda um posicionamento do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), para que autorize a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT) fazer outras mudanças no local para evitar novos transtornos.

“Aqui é um ponto em que se precisa fazer investimento rápido para tirar esse gargalo da 251 e também transformar, com a anuência do ICMBio, esse ponto bastante representativo num atrativo turístico, junto com a obra que vai se fazer aqui, para se tornar um ponto de visitação”, pontuou.

 

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