Cuiabá, 06 de Maio de 2024

BRASIL Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2024, 18:21 - A | A

17 de Janeiro de 2024, 18h:21 - A | A

BRASIL / FOI INDICIADA

Advogada que matou pai e avó do ex tentou assassinar mais dois envenenados

G1



advogada que matou com doce envenenado

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A advogada Amanda Partata, presa suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele, foi indiciada. Conforme o documento obtido pelo g1, além dos dois homicídios, a mulher também responde por tentar matar tio e o avô do ex após oferecer bolo envenenado a eles - confira abaixo os crimes.

Homicídio consumado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) contra Leonardo Pereira Alves
Homicídio consumado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) e agravado pela idade contra Luzia Alves
Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) praticado contra o tio do ex-namorado de Amanda Partata
Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) e agravado pela idade da vítima contra o avô do ex-namorado de Amanda Partata

Em depoimento, o tio do ex, de 60 anos, afirmou que recusou o bolo porque perderia o apetite para o almoço. Já o avô, de 82 anos, prestou depoimento à Polícia Civil (PC) dez dias após o crime, em 27 de dezembro, e disse que não comeu o bolo por ter diabetes.

O envenenamento aconteceu no dia 17 de dezembro, quando Amanda foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco e bolos de pote. Três dias depois, Amanda foi presa, quando negou ter cometido o crime. Segundo a polícia, ela fingiu passar mal durante o depoimento.

Durante o depoimento, o idoso revelou que a esposa também tem diabetes e, por isso, pensou em pedir que Amanda não desse o doce para Luzia. Porém, segundo ele, como sempre foi muito simples, não teve coragem de desagradar a advogada. João também disse que viu a esposa e o filho ‘agonizarem de dor’ após comerem bolos envenenados.

Laudo da perícia
De acordo com a investigação, a advogada comprou 100 ml do veneno, quantidade suficiente para matar várias pessoas. O laudo da Polícia Científica apontou que a substância foi colocada em dois potes de bolo.

A Polícia Científica disse ainda que o veneno é considerado 'potente' e foi usado em grande quantidade. Mesmo em pequenas doses, a substância é tóxica e letal, e não tem sabor nem odor, ou seja, não é possível ser percebida.

A perita criminal Mayara Cardoso informou que foi realizado um exame toxicológico em amostras coletadas no local do crime e amostras retiradas dos corpos das vítimas. Ao todo, foram feitos mais de 300 testes para agrotóxicos, remédios e outras substâncias - todos apontaram negativo.

O nome da substância não foi divulgado. Foram analisadas quatro amostras de bolo, das quais duas estavam contaminadas. Também foram analisadas colheres, sucos e outros itens encontrados no local. A substância não foi encontrada no suco do café da manhã da família.

 Investigação
Conforme a Polícia Civil, na manhã de 17 de dezembro, Amanda Partata foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco e até bolos de pote de uma famosa doceria de Goiânia.

Mais de 50 horas de vídeos de câmeras de segurança, documentos, quebra de sigilo fiscal e depoimentos foram analisados na investigação da Polícia Civil. Ao todo, foram 12 dias de investigação. Os vídeos de câmeras de segurança são desde o dia 14 de dezembro, quando Amanda viajou de Itumbiara para Goiânia, até 20 de dezembro, dia da prisão dela.

Entre as imagens, estão:

Amanda chega a Goiânia e se hospeda em um hotel, no Setor Marista
Ela faz compras e gasta R$ 3 mil em uma loja de grife
Suspeita compra flor e alimentos para o café da manhã com a família em um empório da capital
Imagens do elevador do hotel mostram Amanda com uma caixa em que está o veneno que comprou
Vídeo mostra chegada da advogada na casa da família que é recebida pelo ex-sogro com abraço minutos antes de envenená-lo.

O médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex da advogada e filho de uma das vítimas, se pronunciou sobre o caso pela primeira vez na tarde do dia 26, após prestar depoimento à polícia. Ao lamentar a morte do pai e da avó, ele disse nunca ter imaginado algo que justificasse "tamanha brutalidade".

 "A gente nunca imaginava qualquer coisa que justificasse tamanha brutalidade. E a gente tá vivendo nosso luto. Tem sido muito difícil", desabafou o médico.

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