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VOLTA AO MUNDO Quarta-feira, 06 de Fevereiro de 2019, 10:01 - A | A

06 de Fevereiro de 2019, 10h:01 - A | A

VOLTA AO MUNDO / MILITARES VENEZUELANOS

Bloqueiam ponte na fronteira com a Colômbia, diz deputado

Bloqueio acontece em um momento em que Juan Guaidó e Nicolás Maduro travam uma disputa sobre a entrega de ajuda humanitária no país.

Por G1



(Foto: Colombian Migration Office / AFP)

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Ponte Tienditas entre Cúcuta (Colômbia) e Ureña (Venezuela) foi bloqueada na terça-feira (5).

 

Um tanque de transporte de combustível e um gigantesco contêiner de carga impedem o tráfego em uma ponte na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia. Um deputado afirmou que militares venezuelanos bloquearam a ponte Tienditas na tarde de terça-feira (5).

O bloqueio acontece em um momento em que em que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o autodeclarado presidente interino, Juan Guaidó, travam uma disputa sobre a entrega de ajuda humanitária no país.

Franklyn Duarte, deputado no estado fronteiriço venezuelano de Táchira, disse à AFP que "efetivos das Forças Armadas bloquearam a passagem" da ponte Tenditas, que liga as cidades de Cúcuta (Colômbia) e Ureña (Venezuela), como constatou uma equipe da AFP.

(Foto: Colombian Migration Office / AFP)

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Foto mostra bloqueio da ponte Tienditas entre Cúcuta (Colômbia) e Ureña (Venezuela) na terça-feira (5).

 

De acordo com o jornal “El Universal”, a ponte Tienditas ainda não foi inaugurada. Porém, segundo a imprensa, seria uma das rotas para a entrada de remessas de alimentos e remédios do exterior.

Os Estados Unidos ofereceram uma ajuda inicial de US$ 20 milhões de dólares, e o Canadá, de outros US$ 53 milhões.

Para Maduro, os Estados Unidos utilizam Guaidó para derrubá-lo e sua ajuda humanitária, que começou a ser enviada dos EUA para a Colômbia - na tentativa de fazê-la chegar à Venezuela - é o início de uma intervenção militar americana.

 

"Aqui na Venezuela não vai entrar ninguém, nem um soldado invasor. Nesta terra ninguém toca", declarou o chavista, que conta com Rússia, China, Turquia e Irã como aliados.

(Foto: Colombian Migration Office / AFP)

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Líder da oposição venezuelana e autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, dirige sessão na Assembleia Nacional na terça-feira (5).

 

"Querem mandar dois caminhõezinhos com quatro panelas. A Venezuela não tem que mendigar a ninguém. Se querem ajudar, que acabem com o bloqueio e as sanções", disse o presidente, assegurando que não permitirá que "humilhem" o país com o "show da ajuda humanitária".

Os Estados Unidos foram o primeiro país a dar apoio à iniciativa de Guaidó de se autodeclarar presidente e conduzir um governo de transição. Maduro se mostrou favorável à organização de eleições legislativas, que desde 2016 é controlado por oposicionistas. Porém, ele resiste duramente a uma votação que indique um novo chefe de estado para o país.

 

Bloqueio

 

O deputado Franklyn Duarte afirmou à AFP que a passagem na ponte foi bloqueada depois que um incidente confuso ocorreu em Ureña depois que soldados chegaram em veículos blindados para vigiar a fronteira. Três pessoas ficaram feridas, segundo ele, depois que um tanque atingiu alguns motociclistas.

 

"Eles podem colocar uma parede e não impedirão a entrada da ajuda", disse o deputado.

Na terça-feira (5), a Rússia declarou apoiar o diálogo direto entre Maduro e a oposição. "Continuamos a acreditar que a única maneira de sair desta crise é sentar o governo e a oposição na mesa de negociações", afirmou o chanceler russo, Sergei Lavrov.

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