Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 05 de Fevereiro de 2019, 08:32 - A | A

05 de Fevereiro de 2019, 08h:32 - A | A

POLÍTICA / REDE ESTADUAL

Um dia depois do início das aulas, professores irão paralisar 24 horas

Claryssa Amorim
Da Redação



Os professores da rede estadual de ensino de Mato Grosso aprovaram, em assembleia nesta segunda-feira (04), uma paralisação de 24 horas no dia 12 de fevereiro, o dia seguinte ao início das aulas; além disso, definiram que o estado de greve é permanente, podendo ser declarada nova paralisação a qualquer momento, sem aviso prévio.

No dia 12, os professores farão parte de uma paralisação geral com outras categorias de profissionais do Estado. Os profissionais da rede estadual de ensino não descartam greve geral a qualquer momento.

A sugestão foi do Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep-MT), aceita por unanimidade pela classe. Em março, deve ser realizada uma nova assembleia para rediscutir o assunto.

Segundo o presidente do Sintep, Valdeir Pereira, a paralisação é um alerta para o governo reavaliar a postura e buscar uma negociação com a categoria, que não aprova o pacote de medidas do governador Mauro Mendes (DEM) para reequilibrar as contas do Estado.

Ainda conforme o presidente, as discussões na reunião foram unânimes entre os profissionais da educação, assim também por representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), do Fórum Sindical e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MT).

O secretário de redes municipais, Henrique Lopes, disse que o ataque à educação se estende à política da "dobra do poder de compra", quando não paga a Revisão Geral Anual (RGA), além do decreto de calamidade financeira, que impede o cumprimento das leis de carreira.

“Em Mato Grosso, o pacote de Mauro Mendes já congelou os salários dos servidores com o calote da RGA de 2018 e a suspensão da revisão pelos próximos dois anos”, pontuou.

Para os servidores, as medidas "atacam" os servidores da ativa, assim como também os aposentados, devido à paridade.

“Se aprovada a lei da Reforma da Previdência do governo Bolsonaro, as perdas serão ainda maiores, pois colocará fim na paridade salarial e ampliará o percentual de desconto previdenciário para aqueles que recebem acima do teto”, alerta o presidente Valdeir.

A coordenadora do Fórum Sindical, Edna Sampaio, esteve na assembleia e apoiou os professores. Ela disse, ainda, que a mobilização é importante, pois será a primeira paralisação de alerta contra as medidas de Mendes.

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