Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 15 de Junho de 2017, 18:09 - A | A

15 de Junho de 2017, 18h:09 - A | A

POLÍTICA / LISTA AINDA TEM 12 NOMES

Silval faz mapa de participantes de quadrilha que quebrou o Estado

Por Suelen Alencar/ Única News



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O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) relatou a função e a posição de cada um dos componentes da organização criminosa durante a sua chefia a frente do Estado. De acordo com os autos, Silval explica qual era o papel do seu filho Rodrigo Barbosa. E revela que o advogado Francisco Faiad e Lúdio Cabral tinham conhecimento quanto ao recebimento de doação de combustível e do dinheiro ilícito na campanha de 2012. 

 

Barbosa, solto nesta última terça-feira (13), após descisão da juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, confessou também como se desenrolou as tratativas em relação ao pagamento da desapropriação no bairro Jardim Liberdade para a empresa Santonrini Empreendimentos e que escolheu "a dedo" seu staff para colaborar no esquema de desvio de dinheiro do Estado. 

 

De acordo com os autos, durante o interrogatório Silval explicou o "mapa" das funções de cada e que Sílvio Cesar Correa Araújo era seu "braço direito", tanto nos assunto licítos quanto ilícitos. 

 

(Foto:reprodução)

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Silvio Cesar Correia Araújo

Sílvio Cesar Correa Araújo, conhecia o ex-governador desde quando morava em Matupá, quando era piloto de avião. O acompanha desde o ano de 2003, como chefe de gabinete enquanto deputado estadual e, posteriormente, como vice-governador do Estado. Até exercer o cargo chefe de gabinete do governador entre 2011 e 2014.

Versão de Silval - disse que se trata de pessoa de sua extrema confiança que recebia diversas missões no interesse da organização criminosa, como arrecadar propinas, realizar pagamento de dívidas, realizar transações com alguns operadores financeiros, fazer reuniões com empresários, controlar os pagamentos das propinas, já que muitas vezes não conseguia saber de todos os assuntos, sendo Silvio seu braço direito tanto nos assuntos lícitos como os ilícitos.

 

 

 

(Foto: Josiane Pettengill / Secom-MT)

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Pedro Jamil Nadaf -  foi secretário de Comércio e Indústria, no governo Blairo Maggi e continuou ocupando o mesmo cargo a partir de 2010, quando Silval assumiu o cargo de governador do Estado. No final de 2012, foi nomeado Secretário Chefe da Casa Civil.

Versão Silval - disse que Pedro Nadaf o auxiliou bastante na cámpanha de 2010, com o apoio político e financeiro e que exerceu uma função estratégica muito importante na abordagem de empresários, para levantamento de recursos. Nadaf exercia a função de levantar fundos para pagamento das dívidas e dos compromissos políticos ilícitos. Pois muitas vezes era necessário o pagamento de propina para manutenção da govemabilidade de Mato Grosso. Nadaf assumiu o papel de Eder de Moares, mas mesmo antes disso, já operavam na obtenção de propina na SICME na concessão de incentivos fiscais e créditos tributários, a empresas sediadas no Estado. Em 2013, enquanto  chefe da Casa Civil, Pedro também exercia o papel de articulador entre os secretários, bem como agia administrando o pagamento das dívidas contraídas pelo grupo criminoso e mantinha contato com operadores financeiros.

 

 

(Foto: Reprodução)

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Francisco Gomes de Andrade Lima, vulgo Chico Lima -  segundo o réu, Chico atuava na Casa Civil sob o comando de Nadaf e tinha incumbência de lavrar os pareceres, nos processos de interesses ilícitos do governo, tendo recebido igualmente propina em alguns casos.

 

 

 

(Foto:reprodução)

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César Roberto Zilio - seria o responsável pela contabilidade da campanha, tanto no governo Blairo Maggi quanto no governo de Silval. E foi secretário de Estado de Saúde em 2011; em 2013 foi secretário do MTPAR.

Versão Silval - Exercia o papel de articulador entre empresários e o governo. Era de sua confiança e atuou na Secretaria de Administração com função de cobrar os recebimentos de propina de empresários que mantinham contratos com o governo. César repassava para o acusado Barbosa as propinas que eram utilizadas nos pagamentos das dívidas de campanha. 

 

(foto:reprodução)

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Pedro Elias Domingos de Melo - versão Silval - Pedro o auxiliou durante a campanha para o pleito de 2010 e por isso foi nomeado para um cargo de gabinete. Já em 2013 foi nomeado como secretário sdjunto na Secretaria de Estado de Administração. Em 2014 passou a ser o titular da pasta. Segundo Barbosa, Pedro Elias tinha a função de arrecadar propina de empresas que mantinham contratos com o governo, sendo que, em alguns casos, repassou tais valores para seu filho Rodrigo Barbosa e outras vezes para Silvio César.

 

(foto:reprodução)

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Valdisio Juliano de Viriato - trabalhou desde a época da Assembleia Legislativa com o Silval, desde os idos de 2003. Versão Silval - quando Barbosa assumiu o governo, Valdisio passou a exercer cargo de confiança como secretário-adjunto da Sinfra e era incumbido de fazer a arrecadação de propina na Secretaria de Infraestrutura, das empreiteiras que tinham relação com o Estado de Mato Grosso. Valdisio repassava os valores arrecadados tanto para Silval quanto para Silvio ou para Pedro Nadaf.

 

 

 

(Foto: reprodução)

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Arnaldo Alves de Souza - trabalhou desde o início do governo Blairo Maggi como secretário-adjunto de Planejamento e, na gestão do acusado Silval Barbosa, assumiu a Secretaria de Infraestrutura e, posteriormente, Secretaria de estado de Planejamento.

Versão Silval - Arnaldo atuava em situações em que havia necessidade de alocação de recursos no orçamento, suplementação orçamentária, de modo a atender os interesses criminosos da organização. No caso das desapropriações, relatou que, quando foi necessária a suplementação orçamentária para os pagamentos, Arnaldo tinha ciência de que as desapropriações tinham finalidades escusas. Além disso, a mando dele, Arnaldo teria aderido a uma licitação de uma determinada empresa para o fim de recebimento de propina destinada também a pagamento de dividas de campanha. 

 

(Foto: Reprodução/TVCA)

Marcel de Cursi

Marcel de Cursi

 

 

Marcel Souza de Cursi -era secretário-adjunto da Secretária de Estado de Fazenda, no governo Blairo Maggi. No governo de Silval passou a exercer o cargo de secretário titular da Sefaz.

Versão Silval -  Barbosa disse que Cursi tinha papel importante na elaboração de leis e decretos que atendessem aos interesses do grupo criminoso. Ele também efetuava pagamentos via Sefaz, das suplementações elaboradas pela Seplan, como, por exemplo, as desapropriações no ano de 2014, que visavam recebimento de propina do grupo. Marcel também foi o responsável por implementar a fruição de benefícios fiscais concedidos de forma espúria pela SICME e conceder tratamento tributário diferenciado para alguns empresários, a pedido de Barbosa.

 

 

(Foto:reprodução)

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Afonso Dalberto - foi presidente do Intermat desde o governo Blairo Maggi e também no governo Silval Barbos. Versão Silval -  foi de atuação preponderante nos três processos ilícitos de desapropriação. Também como ordenador de despesas, efetuou pagamentos referentes a essas desapropriações, tudo para beneficiar a organização criminosa. 

 

 

 

(Foto: Marcus Mesquita/Midia News)

Francisco Faiad

 

 

 

 

Francisco Anis Faiad - foi advogado de Silval Barbosa desde a época em que este exercia o mandato de deputado estadual e foi nomeado em seu governo para ocupar o cargo de secretário de estado de Administração.

Versão Silval - Silval relata que, na campanha de 2012, quando Francisco Faiad foi candidato a vice-prefeito na chapa de Lúdio Cabral, recebeu auxílio financeiro e doação de combustível no montante de R$ 600.000,00, frutos de desvios de dinheiro público. Ainda revela que Faiad tinha pleno conhecimento da origem ilícita de tal doação, assim como o próprio Lúdio.

 

Foto: Marcus Mesquita / Mídia News

 

 

 

 

 

 

 

Rodrigo Da Cunha Barbosa, filho de Silval - Barbosa confirmou que  seu filho Rodrigo recebia propina de algumas empresas que mantinham contrato com o governo através de Pedro elias  Domingos de Melo.

 

(Foto:Marcus Mesquita/Midia News)

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José De Jesus Nunes Cordeiro - foi secretário-sdjunto da SAD.

Versão Silval - SILVAL disse que nunca tratou de assuntos diretamente com José, mas que ele se reportava a Sílvio César Correa. 

 

 

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