Wellyngton Souza / Única News
(Foto: Internet)
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB), disse na tarde desta quinta 920), à juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, que fez parte do esquema de desvio de R$ 15 milhões para saldar uma dívida com empresário Vadir Piran e Alan Malouf.
Silval depõe hoje pela deflagração da quarta fase da Sodoma que investiga crimes de uma desapropriação irregular de uma área no bairro Jardim Liberdade. Também foi ouvido, o empresário da Santorini Empreendimentos Imobiliários - proprietário do terreno.
"Esse é mais um processo que eu havia falado desde o início. A desapropriação veio de uma discussão com um ex-chefe da Casa Civi, Pedro Nadaf. Essa áerea foi feito com intenção de saldar uma dívida com o empresário Valdir Piran. Ele então sugeriu, por meio do procurador do Estado aposentado, Chico Lima, que esse processo já estava pronto, inclusive com a decisão judicial pronto para pagar. E isso então foi feito, fizemos uma reunião com Nadaf e Chico Lima e confirmou a possibilidade de fazer a liquidação", disse.
Silval afirmou ainda que da mesma forma, tratou com o ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi, para ele liberar o recurso. "O Pedro Nadaf disse que poderia ter um retorno para os secretários e eu disse a ele que pagando a dívida do Piran, não tinha problema”, afirma.
Ainda conforme o ex-gestor, Silval Barbosa ainda citou que quitou uma dívida com o empresário Alan Malouf - proprietário do Buffet Leila Mallouf. "Além da dívida com Piran, o dinheiro da desapropriação foi usado para o Alan Malouf. Foram R$ 200 mil". Parte da proprina também foi paga ao jornalista Antonio Carlos Milas - investigado na operação Liberdade de Extorsão.
O empresário afirmou que a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra ele é verdadeira. Antônio Rodrigues relatou que após diversas brigas judiciais por pessoas que invadiram o terreno, ele recebeu uma proposta de que o Estado tinha interesse na área e foi quando o esquema começou.
Em 2013, Chico Lima lhe sinalizou a possibilidade de pagamento e, em 2014, o procurador aposentado disse que o Estado estava pronto para o pagamento, mas Antônio deveria procurar o ex-secretário estadual de Fazenda, Marcel de Cursi, para finalizar o trâmite. Marcel propôs pagar em 12 parcelas mensais, corrigidas em 1% ao mês.
"Só que o valor de R$ 31,8 milhões, você vai receber metade disso e a outra metade fica aqui. E você tem duas formas de receber isso aí, ou assim, ou através de precatório, e precatório vai levar anos para receber", teria dito Marcel a ele.
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