Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sábado, 09 de Setembro de 2017, 08:53 - A | A

09 de Setembro de 2017, 08h:53 - A | A

POLÍTICA / OPINIÕES DIFERENTES

Promotor não acredita que Silval corra risco de morte e que delação o colocou fora de perigo

Da Redação



(Foto: Reprodução/Web)

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O promotor Mauro Zaque em entrevista dada ao Site Única News revelou que não acredita que o ex-governador peemedebista, Silval Barbosa, estaria correndo risco de morte, supostamente por ser um 'arquivo vivo de uma série de falcatruas que ligam políticos mato-grossesnses a esquemas, que desviaram somas bilionárias do erário público'.

 

Posição, aliás, que difere da juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, que em recente entrevista à imprensa, viu a ação com muita  preocupação, após denúncia revelada pelo empresário Antonio Barbosa - irmão do ex-governador peemedebista, Silval Barbosa -, de que o ex-gestor estadual e delator teve sua morte encomedada pelo ex-presidente da Assembleia, José Geraldo Riva. 

 

De acordo com a magistrada, é necessário apurar com rigor, as afirmações do empresário Antonio Barbosa. E mesmo revelando que não teria uma posição definida sobre o assunto, Selma reiterou sua surpresa, lembrando que teria visto alguma coisa neste sentido na imprensa e que o governador Pedro Taques tinha conhecimento e mandou apurar. 'Se apenas lesse a delação, não acreditaria, mas depois de saber que foi levado ao governador e ele determinou investigação, sinceramente, é algo a se a apurar com rigor'.

 

A preocupação da juíza veio após a denúncia feita por Antonio durante depoimento do acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Já o promotor Mauro Zaque acha que uma pessoa corre risco quando tem informação privilegiada e segura só por si. 'Depois que coloca tudo isso no papel, qual seria interesse por agora de fazer algo contra ele? 

 

Zaque ainda afirma com relação ao ex-gestor peemedebista e atualmente com revelações bombásticas em sua delação premiada no STF, que ele obviamente ao dilapidar os cofres públicos, 'ele errou e seus atos trouxeram prejuízo direto a população e o estado. E que mesmo que esteja devolvendo nunca será suficiente para reparar prejuízos que foram causados a cada cidadão. Entretanto, ainda lembrou o promotor que 'tem gente jogando pedra no Silval, mas quem condena é a justiça. Todo mundo tem direito de se arrepender e se orientar de uma outra forma. Não é momento de jogar pedra, cruscificar, de ofender ninguém, de ofender humilhar'.

 

Para Mauro Zaque, o 'momento é de apurar o que foi feito e responsabilizar aqueles que praticaram atos e olhar para frente. É muito importante deixarmos bem claro para cidadão comum, que estamos todos nos desestimulados, sem acreditar, estamos com nojo de tudo isso que está acontecendo, mas isso está sendo muito bom, porque significa que Mato Grosso e o Brasil está passando por faxina que era necessária, que muito importante'.

 

Também de acordo com o promotor, Mato Grosso não iria sair de um estado de corrupção quase que plena, passar por estado de improbidade sem enfrentar essa faxina. Não teria como saltarmos. O cidadão tem que entender que isso é o começo da limpeza, começo de um novo momento em que temos muito menos corrupção e muito mais respeito para com a coisa pública e com o cidadão, é um marco para um futuro muito melhor'. 

 

Lembrando, no entanto, que os escândalos que tem marcado Mato Grosso e o país deixaram 'a população desiludida e com razão, mas a esperança é fundamental'.

 

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