Thays Amorim
Única News
O polêmico Projeto de Lei (PL) que pretendia instituir o ‘Dia do Orgulho Hétero’ no calendário Oficial de Cuiabá foi reprovado na sessão desta quinta-feira (10), na Câmara Municipal de Cuiabá. Apenas dois parlamentares votaram pela aprovação da proposta – o vereador Tenente-coronel Paccola (Cidadania), autor da medida, e o vereador Adevair Cabral (PTB).
Se abstiveram de votar a proposta o vereador Juca do Guaraná (MDB), Dr. Luiz Fernando (Republicanos) e Wilson Kero Kero (Podemos). O parlamentar Dídimo Vovô não votou a proposta.
No plenário, Paccola citou uma suposta “sustentação judaico-cristã” e afirmou que o seu projeto não tinha como objetivo ferir minorias.
“Gostaria de pedir a todos os parlamentares aqui presentes que observassem em especial ao projeto e a justificativa dele. Eu faço questão, [...] esse projeto em momento algum teve ou tem intuito de desmerecer a luta das minorias, sejam elas quaisquer. [...] Eu falo que essa luta não pode ser para que gere mais antagonismo ou ódio entre as pessoas”, afirmou.
O parlamentar tentou justificar a medida polêmica e disse que ao não ter orgulho em ser hétero, a sociedade passa a ter vergonha e “começa a desconstruir aquilo que é o alicerce da sociedade, um bem chamado família”.
Apesar do apelo, Paccola não conseguiu fazer com que o projeto fosse aprovado. O vereador Robson Crimeia (PT), suplente da vereadora Edna Sampaio (PT), utilizou o plenário para classificar a medida como descabida, em comemoração a um dia de um grupo que não sofre violência e é maioria na sociedade.
O PL havia sido aprovado em primeira votação em dezembro do ano passado. A proposta chamou atenção e repercutiu negativamente em diversos veículos de comunicação, inclusive nacionais. Anteriormente, a proposta havia sido aprovada por quase unanimidade – apenas a vereadora Edna havia votado contra.
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