Da Redação
(Foto: Reprodução)
O senador social democrata, José Medeiros - vice-líder do presidente Michel Temer (PMDB), no Senado -, vem surpreendendo os jornalistas e, diga-se de passagem, não só os de Mato Grosso. Nesta segunda-feira (08), o senador Medeiros (PSD), em entrevista a uma rádio na Capital, não mediu críticas, algumas até deselegantes, ao ex-presidente Fernando Henrique (PSDB), ao defender o deputado federal, também tucano como FHC, Nilson Leitão.
As críticas à FHC foram feitas depois de entrevista dada pelo ex-presidente da República, à Folha de São Paulo, se posicionando contra o projeto de Lei de um correligionário de legenda, Nilson Leitão (PSDB-MT), sobre pagamento a trabalhadores rurais com casa e comida.
Ao jornal, o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em edição publicada nesta segunda-feira (8), diz que o projeto de lei (PL) do presidente do diretório tucano em MT, também presidente da bancada ruralista, deputado federal Nilson Leitão, 'é uma ‘loucura’.
FHC comentou que a proposta do tucano de MT vem permitindo que críticos vejam o projeto de lei como uma forma de legalização do trabalho escravo no país. “...aquilo é uma loucura (a ideia aventada permite algo que críticos chamam de trabalho escravo legalizado, com pagamento na forma de alimentação e estadia). Não pode ser assim“, diz trecho da resposta de FHC à Folha, ainda chamando de 'loucura', a proposição de Leitão.
Ao contrapor o ex-presidente tucano, Medeiros - que é favorável ao projeto do colega mato-grossense -, chegou a sugerir que Fernando Henrique Cardoso estaria 'abusando de alguma erva'. "Hoje em dia Fernando Henrique só abre a boca para defender maconha. A grande preocupação dele é defender maconheiro, é defender maconha. Eu não sei o que ele anda fumando. Abre a boca e sai isso", disse. Medeiros é vice-líder do presidente Michel Temer (PMDB), no Senado.
O senador ainda disse que 'do jeito que as pessoas estão entendendo o projeto e como a mídia o está interpretando, Nilson [Leitão] terá problemas eleitorais. As pessoas têm dificuldade em ler e não entendem direito", atacou.
O policial rodoviário federal, José Antônio Medeiros - que assumiu o Senado, após a vitória de Pedro Taques à Governadoria do Estado -, vinha sendo observado por alguns analistas políticos como um bom moço, às vezes até 'um articulador' na bancada federal, 'mais cabeça feita'. Nesta segunda, muito possivelmente, alguns destes analistas já devem estar argumentando que Medeiros é parlamentar de um só mandato.
Medeiros ganhou um pouco mais de visibilidade no cenário nacional - como azarão -, quando disputou a presidência do Senado, em 1º de fevereiro de 2017. Ele perdeu a disputa para o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), obtendo somente 10 votos contra 61 do adversário, em uma eleição que contou com a participação de 81 senadores. A disputa contou ainda com 10 votos branco ou nulo.
Medeiros já havia protagonizado um episódio quase hilário. Em uma reunião - ano passado -, com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, ficou sabendo, antes de ser recebido por Temer, que o ex-presidente petista, Lula da Silva estaria sendo levado coercitivamente [naquele momento], para depor em São Paulo, durante a fase Aletheia da Lava-Jato, na época em sua 24ª edição.
Alguns amigos chegaram a dizer que o senador mato-grossense ficou tão entusiasmado com a 'notícia de primeira mão' que passou o fato pelo whastApp para amigos e grupos de jornalistas, enquanto Lula ainda estava sendo levado. A ação de Medeiros causou um verdadeiro 'furor uterino', nas redes sociais em Mato Grosso.
O mesmo destino não teve, no entanto, no mesmo episódio da 'prisão' de Lula, o blogueiro Eduardo Guimarães que foi detido dias mais tarde, ainda em março, suspeito de ter vazado a prisão do ex-presidente. Guimarães que comanda o Blog da Cidadania, é conhecido por defender bandeiras de esquerda mas, sobretudo, porque não mede críticas a Temer e ao juiz Sérgio Moro que comanda a operação Lava Jato no país. (Com informações da Rádio Capital)
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