Cuiabá, 07 de Maio de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 24 de Agosto de 2022, 15:20 - A | A

24 de Agosto de 2022, 15h:20 - A | A

POLÍTICA / DELAÇÃO PREMIADA

Neri diz que MP "induziu" juízes ao erro e acusa WF de receber propina

Geller ainda enfatizou que não tem medo do enfretamento

Amanda Caroga e Gabriel Rodrigues
Única News



Após ter seu mandato cassado nesta terça-feira (24) e ficar inelegível por 8 anos, o deputado federal e candidato ao Senado, Neri Geller (PP), disse em coletiva na tarde desta quarta-feira (24), que o Ministério Público “induziu” os juízes ao erro e que a decisão ocorreu de forma injusta.

À imprensa, o parlamentar ainda apresentou uma delação premiada contra seu adversário, o senador Wellington Fagundes (PL) – que busca sua reeleição, onde teria recebido cerca de R$ 1,5 milhão em propina.

“Eu vou falar em partes o que é o nosso adversário, quero o Ministério Público e a Polícia Federal investiguem. Aqui tem uma delação premiada que está parada desde 2018, ela denuncia que o meu adversário, recebeu uma propina de R$ 500 mil em espécie e ainda usou avião do próprio denunciado para ir à Rondonópolis [...] nós vamos fazer interpelação para que esses fatos sejam realmente investigados”, disse em coletiva de imprensa.

Geller ainda aproveitou para enfatizar oficialmente que não irá desistir de seu projeto à senatoria, além de alfinetar a oposição que acredita na vitória de Fagundes por W.O. 

“Eu fui cassado nesse caso de forma injusta [...] eu não vou sair pela porta dos fundos, porque eu não devo nenhuma virgula, se eles estão achando que vai dar W.O, eles estão enganados. Eu não devo nada nesse processo [...] mas eu estou habilitado, o ministério público já deu parecer favorável em 100% das minhas certidões, não tenho nenhum motivo para recuar, muito pelo contrário”, declarou.

Segundo o parlamentar, o Ministério Público induziu os juízes ao erro e essa falha só será reparada “exclusivamente com a verdade”.

“Eu não tenho medo de fazer enfrentamento, não tem ninguém que respeita mais o Poder Judiciário do que eu, mas nesse caso, o Ministério Público induziu os juízes ao erro, e esse erro nós vamos reparar única e exclusivamente com a verdade”, declarou.

Delação premiada 

O documento em questão se trata de um depoimento de Pierre François Amaral de Moraes, onde aponta que Fagundes recebeu R$ 1 milhão em propina para sua campanha ao Senado Federal.

Conforme o relator, metade do dinheiro foi entregue ao filho Wellington em uma caixa de vinho. Datado em 2018 na Delegacia Especializada de Crimes Fazendários, na declaração, o empresário diz que intermediou a conversa entre Wellington e o então governador Silval Barbosa, que teria “repassado” o valor de R$ 1,5 milhão em propina.

De acordo com a denúncia, o valor foi repassado de forma “parcelada”, a primeira entrega do montante de R$ 500 mil foi realizada no apartamento do então deputado, a segunda, teria sido entregue ao filho de Wellington, em Rondonópolis, com o dinheiro em espécie dentro de uma caixa de vinho.

Outros R$ 500 mil teriam sido entregues para Lúdio Cabral, então candidato ao Governo do Estado, por meio de pagamentos via TED.

Veja os documentos apresentados por Neri:

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