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POLÍTICA Segunda-feira, 02 de Julho de 2018, 12:02 - A | A

02 de Julho de 2018, 12h:02 - A | A

POLÍTICA / 53 DIAS PRESO

Ministra do STF nega pedido da Assembleia e mantém deputado democrata preso

Da Redação



(Foto: TJ-MT- Reprodução)

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Neste último sábado, foi negado o pedido de soltura do deputado democrata Mauro Savi, feito pela  Procuradoria da Assembleia Legislativa de Mato Grosso no Supremo Tribunal Federal. A decisão foi da ministra Rosa Weber - que ao negar o habeas corpus ao parlamentar -, leva Savi a seguir detido no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

 

Essa é a terceira derrotada de Savi em instâncias superiores do Judiciário. Em junho, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou dois pedidos. O primeiro interposto pelo advogado Paulo Fabriny e outro pela Assembleia Legislativa.

 

O deputado democrata foi preso há 53 dias na operação Operação Bônus, na 2ª fase da Operação Bereré. Ele é acusado de liderar uma organização criminosa que teria desviado cerca de R$ 30 milhões dos cofres públicos através do contrato firmado entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) com a empresa EIG Mercado, antiga FDL.

 

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, Savi participou do principal núcleo da organização junto com o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, que foi preso na mesma operação.

 

Em seu parecer a ministra do STF cita que "ante o exposto, não conheço do presente habeas corpus, negando-lhe seguimento'. Antes, porém, Weber pediu, em caráter de urgência, informações do desembargador, José Nogueira Zuquim, sobre o impedimento da Assembleia em emitir alvará de soltura de Savi.

 

A operação também prendeu Paulo Taques, ex-secretário da Casa Civil, o seu irmão, o advogado Pedro Jorge Zamar (ambos primos do governador Pedro Taques). Além dos empresários Roque Anildo Reinheimer, Claudemir Pereira dos Santos, vulgo ‘Grilo’, e José Kobori.

 

O esquema

 

Além das acusações contidas na delação do Teodoro Lopes, o 'Dóia',  ex-presidente do Detran, que aponta Savi como um dos líderes das licitações fraudulentas dentro do Detran, o  esquema também foi denunciado pelo irmão do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB), Antônio Barbosa, em delação já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

 

No depoimento, Barbosa ainda revelou a participação na fraude no Detran, do presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual, Eduardo Botelho (DEM).

 

Ainda conforme seu depoimento, as fraudes foram no serviço de registro de contratos de financiamento de veículos, por meio de uma empresa ligada a ele. 

 

Segundo e o Ministério Público Estadual (MPE), o esquema funcionava com a influência de políticos, entre eles Eduardo Botelho e do também deputado estadual Mauro Savi (PSB),  preso na operação junto com outras cinco pessoas. As investigações os apontam como supostos líderes desse esquema.  

 

O nome de Botelho foi citado por outros investigados, entre eles pelo empresário Roque Anildo Reinheimer, sócio proprietário da Santos Capacitação de Pessoal e Treinamento, que é uma das empresas usadas para o desvio de dinheiro do Detran. 

 

Em depoimento prestado em fevereiro deste ano ao Gaeco, ele disse que o presidente da Assembleia Legislativa se tornou sócio da empresa com o interesse exclusivo de receber vantagem indevida. 

 

Segundo o empresário, o parlamentar disse que tinha se integrado ao quadro societário da empresa para receber uma dívida e que, após recebê-la, começou a ser cobrado para o pagamento de outras vantagens. Ele disse ainda que o deputado afirmou que pretendia sair do quadro de sócios da empresa, o que aconteceu dias depois. 

 

Também foram citados os parlamentares Ondanir Bortolini Nininho (PSD), Baiano Filho (PSDB), Romoaldo Júnior (MDB), Wilson Santos (PSDB) e José Domingos (PSD).

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