Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 08 de Novembro de 2018, 10:45 - A | A

08 de Novembro de 2018, 10h:45 - A | A

POLÍTICA / EM 2019

Militares envolvidos na Grampolândia Pantaneira serão julgados em março

Claryssa Amorim



(Foto: Reprodução)

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Os cinco militares envolvidos no suposto esquema de escutas telefônicas ilegais, caso conhecido como “Grampolândia Pantaneira”, serão julgados em março nos dias 20, 21 e 22 do ano que vem, pelo juiz Marcos Faleiros e o Conselho Especial, da 11ª Vara Especializada da Justiça Militar. Os cinco da Polícia Militar respondem por ação ilícita, falsificação de documento, falsidade ideológica e prevaricação.

 

São réus no processo os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e Ronelson Barros, além do tenente –coronel Januário Batista e o cabo da PM, Gerson Corrêa Junior.

 

O esquema liderado pelo grupo que realizaram supostamente as escutas ilegais conhecida como Grampolândia Pantaneira veio à tona no ano passado, após interceptar políticos, jornalistas e advogados entre 2014 e 2017. Os militares foram presos na época, mas atualmente cumprem medidas de prisão domiciliar com monitoramento de tornozeleira eletrônica.

 

Recentemente, apenas Gerson estava preso na sede do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), após descumprir medidas cautelares e ir até uma casa de shows Malcon Pub, em agosto, enquanto cumpria prisão domiciliar. Porém, na última terça-feira (6), Faleiros juntamente com o Conselho revogou sua prisão, mas terá que dormir na cadeia e durante o dia trabalhar no administrativo sem portar arma. Um ato conhecido como aquartelamento.

 

Os réus e testemunhas prestaram inúmeros depoimentos em audiências para o magistrado, quando o cabo Gerson confessou ter participado do esquema e revelou nomes de outros envolvidos, inclusive do atual governador Pedro Taques (PSDB).

 

Ele depôs dizendo que Taques e o primo, ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, seriam os “donos” do esquema “barriga de aluguel”, onde é pedido à Justiça autorização para interceptar os telefones de pessoas que não são investigadas, nesse caso, junto com os de integrantes da quadrilha de tráfico de drogas.

 

Em seguida, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Mauro Campbell, determinou o desmembramento do Inquérito que investiga a participação do tucano. 

 

As investigações apontaram que os membros da Polícia Militar aproveitaram uma investigação relacionada ao tráfico de drogas na região de Cáceres (a 250 km de Cuiabá), para inserir números telefônicos de políticos adversários ao governo, médicos, advogados, parlamentares, jornalistas, servidores públicos e até desembargador aposentado de Mato Grosso, em um pedido de quebra de sigilo.

 

O requerimento para as interceptações teria sido encaminhado ao MPE, que por sua vez formalizou a solicitação à Justiça estadual. A autorização teria partido do juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, que não teria tido conhecimento de que nem todos os números relacionados pela PM estavam relacionados com o crime tratado no processo.

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