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POLÍTICA Quinta-feira, 02 de Abril de 2020, 14:27 - A | A

02 de Abril de 2020, 14h:27 - A | A

POLÍTICA / REFLEXOS DA PANDEMIA

Mendes admite possibilidade de atrasar salários e vai renegociar duodécimos com Poderes

Euziany Teodoro
Única News



O governador Mauro Mendes admitiu a possibilidade de atrasar os salários dos servidores públicos estaduais, diante da drástica queda na arrecadação que o Executivo vem sofrendo durante o período de pandemia do novo Coronavírus. A declaração foi dada em entrevista ao jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, exibida nesta quinta-feira (2).

Segundo ele, é difícil pagar uma conta quando o dinheiro não entra. “Se não entrou o dinheiro, como eu pago uma conta? Como eu pago a conta do salário, a conta do remédio, como eu pago a conta para ambulância circular, para a UTI funcionar, os profissionais que vamos precisar contratar?”, questiona.

A projeção não é boa, mas existe um planejamento a ser seguido, segundo ele. “É uma situação muito difícil. O governo também vai ter muita dificuldade, mas vamos administrar com justiça e esperar para ver o que acontece. Nós trabalhamos muito com planejamento e foi assim que conseguimos fechar o ano passado com quase todas as contas em dia. O governo se planejou e vamos tentar minimizar os efeitos para os servidores e para a sociedade”, disse.

O Governo deve tentar renegociar os valores repassados aos demais poderes instituídos – Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Ministério Público – a fim de ter alguma sobra do duodécimo.

“Nesse momento, todos, literalmente todos, terão que colaborar para minimizar os efeitos e os impactos dessa queda de arrecadação. Ainda não iniciamos essa conversa, pois precisamos ter os números na mão. Não adianta começar a conversa baseados em previsões. Precisamos de dados concretos na mão para apresentar um cenário real e fazer um diálogo em cima da verdade”, explicou o governador.

Além da queda na arrecadação, o Governo também tem tido dificuldades em comprar materiais, especialmente para a saúde. Diante do provável colapso econômico, as empresas fornecedoras que rem receber somente e vista e com preços elevados, de acordo com Mendes.

“Hoje, como as empresas sabem que o Estado, que os poderes públicos, vão ter dificuldades, querem vender só à vista, porque estão com medo de vender a prazo e não receber. Isso é um problema nacional. Então temos que pegar o dinheiro que tivermos e, com justiça, distribuir entre todos para minimizar o impacto”, afirmou.

“Estamos trabalhando para amenizar isso, para que esse impacto seja o menor possível, tanto para o servidor, como para a sociedade”, concluiu o governador.

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Marcio 02/04/2020

Mais uma vez vai sair do lombo do servidor. Todos reclamam de servidor, mas o primeiro lugar que o Estado e sociedade vem tirar é do sustento do servidor. Salário de servidor virou reserva de emergência para a sociedade e Estado, quando dá alguma merda é dessa folha de pagamento que tiram o dinheiro. Se eu não receber meu salário, pelo menos 70%, não volto ao trabalho.

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