Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 01 de Agosto de 2019, 10:21 - A | A

01 de Agosto de 2019, 10h:21 - A | A

POLÍTICA / OUÇA O ÁUDIO

Líder do Sintep chama judiciário de ‘porco’ e diz que governo comprou liminar

Fernanda Nazário



Uma professora, membro da direção do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), teceu críticas ao Tribunal de Justiça (TJ) por declarar a greve da educação em Mato Grosso como abusiva. Um áudio, que começou a circular nas redes sociais nesta quarta-feira (31), atribuído a docente chama o Judiciário de “porco” e ainda diz que o Governo do Estado “demorou para comprar uma liminar” contra o movimento da categoria.

A desembargadora Maria Erotides Kneip declarou a greve dos profissionais da educação ilegal e convocou os servidores a retornarem ao trabalho em 72 horas, sob pena de multa de sob pena de multa diária de R$ 150 mil. Por meio de nota, o sindicato disse que a decisão judicial não muda nada e a greve por tempo indeterminado está mantida, até que haja uma deliberação pelo fim do movimento em Assembleia Geral.

Na gravação, um homem chama a professora de ‘Cida’ e pede para ela falar um pouco da ação do TJ. A servidora responde ao questionamento dizendo que já esperava que o governador Mauro Mendes (DEM) fosse recorrer ao judiciário em desfavor da greve.

“Na verdade, era esperada. A gente até achou que ele demorou muito para recorrer a um judiciário porco né, para comprar uma liminar contra nossa greve. Nunca na vida esse sindicato promove uma greve e quando parte para justiça e sai uma ação dizendo que estamos com razão. Nunca saiu e nunca vai sair”, reclama a docente.

Na sequência, a integrante do Sintep lembra da última greve da rede municipal, que também recebeu uma ação judicial dizendo que a paralização era abusiva, além de um mando de prisão para a então presidente do sindicato. “É assim, os desembargadores, os juízes não estão com a gente. Eles estão com o governo. Isso está claro, todo mundo está vendo isso, só não vê quem não quer”.

A professora reforça, na gravação, que a categoria vai recorrer da decisão, ‘como sempre fez’. “E isso vai protelando e termina greve e passa anos e anos e a gente nunca paga multa. O trem caduca lá e fica. Então não podemos ter medo e nem esperar que um juiz vai dar uma ação dizendo que ‘não o sindicato está certo mesmo pode continuar fazendo [a greve]’. Pode esquecer, jamais vai aconter”, diz ‘Cida’, que reforça a continuidade da greve, que já dura 67 dias.

 

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