Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 07 de Agosto de 2019, 14:41 - A | A

07 de Agosto de 2019, 14h:41 - A | A

POLÍTICA / INVESTIGAÇÕES DA GRAMPOLÂNDIA

Janaína diz que será a voz dos que foram grampeados ilegalmente e não podem falar

Euziany Teodoro
Única News



A deputada estadual Janaína Riva (MDB), uma das grampeadas ilegalmente no esquema de grampos ilegais durante o governo de Pedro Taques (PSDB), que ficou conhecido como a Grampolândia Pantaneira, foi aceita como assistente da acusação no processo. Ou seja, ela vai atuar do lado do Ministério Público contra os réus no esquema, os militares Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Januário Batista, Ronelson Barros e Gerson Correa.

Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, nesta quarta-feira (07), Janaína afirmou que quer ser “a voz” daqueles que foram grampeados ilegalmente e não podem falar. Ela, assim como vários políticos, jornalistas e pessoas de interesse privado de membros do governo, foram alvos de grampos ilegais, segundo os militares, por ordem dos primos Pedro e Paulo Taques, então chefe da Casa Civil.

“Acho que a minha missão lá é representar estes que foram grampeados e que não têm voz ali dentro. Não preciso usar a Assembleia, nem gastar um real público para fazer isso. Posso fazer de forma pessoal. Da mesma forma que acho que os promotores que estão envolvidos deveriam usar advogados pessoais para se defender e não usar dinheiro do Ministério Público para fazer defesa pessoal”, afirma a deputada.

Ela se refere ao suposto envolvimento de promotores públicos em barrigas de aluguel (quando pessoas sem qualquer envolvimento são grampeadas em investigações aleatórias), denunciado pelo cabo Gerson Correa, durante reinterrogatório no mês de julho.

Desde a denúncia, o Ministério Público instaurou investigação interna, em vários âmbitos do MP, para apurar as denúncias. “Quero poder fazer algumas perguntas aos cabos e militares, porque vejo que tem muita gente com medo de fazer perguntas, que acho que nesse momento não pode ter. Da mesma forma que o Ministério Público age com dureza com políticos, tem que fazer a mesma coisa dentro de casa”, cobra a deputada.

Ela deixa claro que não é contra a prática de interceptações telefônicas e sim que elas sejam feitas de forma ilegal. “A gente ressalta sempre que ninguém é contra interceptação, a gente é contra interceptação ilegal. Se você está fazendo uma coisa correta, porque não pede autorização do Tribunal de Justiça, não segue os trâmites legais? Foi uma série de aberrações que alguém vai ter que pagar por isso, se não a gente sai de um estado democrático de direito e vira uma bagunça”, finaliza Janaína.

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