Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sábado, 28 de Outubro de 2017, 13:18 - A | A

28 de Outubro de 2017, 13h:18 - A | A

POLÍTICA / "CONFRONTO"

Grampos ilegais já causam embate entre mulheres poderosas de MT

Da Redação



(Foto: Montagem/Ilustração)

Virginia Mendes e Janaina Riva.jpg

 

Depois que foi vazado, paulatinamente, para a imprensa, relatórios produzidos pelas investigações sobre a rede de escutas clandestinas em Mato Grosso que, supostamente teria monitorado pelo menos 120 pessoas, dentre elas políticos, desembargadores, advogados e jornalista, pelo alto comando da Polícia Militar; a última sobre as interceptações ilegais dão conta de suposta ligação das ex-primeiras-damas Samira Martins e Virgínia Mendes, com o monitoramento. Ainda que as duas não tenham sido formalmente investigadas.

 

Mas sabe-se - segundo relatório da Civil e sob a relatoria até pouco tempo do desembargador Orlando Perri, no Tribunal de Justiça -, que Samira, ex-esposa do governador Pedro Taques (PMDB), teria sido apontada como a pessoa que pediu a quebra do sigilo telefônico da deputada estadual, a peemedebista Janaina Riva.

 

E a esposa do ex-prefeito socialista, Mauro Mendes, Virgínia, teria supostamente o papel, nesta trama, de disseminar o conteúdo. Ou seja, após ter acesso aos diálogos interceptados, Virgínia teria repassado aos colunistas sociais de Cuiabá.

 

A trama veio à tona, após depoimento da deputada aos delegados Flávio Stringueta e Ana Cristina Feldner, em um dos inquéritos sobre o caso que acabou ficando conhecido como Grampolândia Pantaneira.

 

Diante disso,  os  advogados de Virgínia Mendes informaram neste sábado, por meio de uma nota à imprensa, que irão ingressar nesta segunda-feira (30), com petição no Superior Tribunal de Justiça, como forma de ter acesso aos inquéritos que apuram os grampos ilegais em Mato Grosso, sobretudo, ao depoimento de Janaina Riva. Para depois oficializar o processo contra a parlamentar.

 

O confronto feminino -Virgínia, Samira e Janaina - ganhou hoje horas de debate nas redes sociais mais, particularmente, nos grupos de WhastApp de jornalistas. 

 

De acordo com relatório das investigações, conduzido pela Polícia Judiciária Civil - hoje sob a responsabilidade do ministro Mauro Campbell, do STJ -, Mendes teria tido acesso ao conteúdo das interceptações telefônicas ilegais promovidas contra Janaína Riva, e em seguida as compartilhado com colunistas sociais com intenção de “difamar” a imagem da deputada.

  

Ainda segundo o documento sobre as interceptações, Janaína teria dito em seu depoimento que foi à partir do conteúdo dos grampos telefônicos que as pessoas começaram a difamá-la, chamando-a de “vagabunda” e “ladra de namorados”.

 

“Foi assim que descobriram que eu estava com um ex-namorado, e a partir daí começaram a me difamar por aí, me chamando de vagabunda e ladra de namorados, fizeram memes e tudo. Isso saía até nas colunas sociais”, diz trecho extraído do relatório.

 

A parlamentar ainda delineou em seu depoimento à Civil, que se a ex-primeira-dama do Estado era a autora do pedido, a personal trainer, Helen Lesco, mulher do ex-secretário da Casa Militar, Evandro Lesco [ambos presos], seria a responsável pela solicitação da execução das escutas ilegais à PM.

 

O casal Lesco foi preso em 27 de setembro, quando foi desencadeada a operação Esdras, autorizada pelo desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, sob a acusação de  obstrução da Justiça no decorrer das investigações dos “grampos”.

 

Os delegados chegaram também a pedir mandado de busca e apreensão na casa de Samira, devido à proximidade com o casal Lesco, porém, Perri negou a solicitação, afirmando "não visualizar, indícios suficientes de autoria ou de participação da advogada Samira Martins no grupo criminoso".

 

Nota da defesa de Virgínia Mendes na integra:

 

A defesa da ex-primeira-dama de Cuiabá, Virginia Mendes, informa que vai ingressar na próxima segunda-feira (30), com petição no Superior Tribunal de Justiça para obter acesso aos inquéritos que apuram os grampos ilegais em Mato Grosso, bem como o depoimento da deputada estadual Janaina Riva.

 

O objetivo é poder ter conhecimento das acusações feitas pela parlamentar à Virginia Mendes para instrução de ações indenizatória contra a deputada.

 

 

 

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