Por Lara Beizário/ Única News
(Foto: Reprodução)
Neste sábado (09), algumas mensagens enviadas e debatidas nos grupos de WhatsApp em Cuiabá, mais particularmente, em grupos de jornalistas e empresários, tentaram sugerir que estaria sendo articulada nos bastidores, uma manobra política, para garantir a renúncia do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB). Supostamente ligada ao Grupo que, ainda na gestão do prefeito socialista, Mauro Mendes, ganhou a licitação milionária para a mudança de todo o sistema de iluminação pública da capital do Estado.
Toda a movimentação para saída de Emanuel do cargo começou no último dia 24, quando o Jornal Nacional, da Rede Globo, transmitiu um vídeo em que Emanuel Pinheiro aparece, junto com outros parlamentares, recebendo uma suposta propina do ex-chefe de gabinete do governador Silval Barbosa, Sílvio Corrêa. O material faz parte dos autos da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, homologada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 09 de agosto.
Com a imagem do prefeito envolvido nos escândalos, o vereador Marcelo Bussiki (PSB) propôs a abertura da CPI. E em votação, na sessão último dia 29, a maioria dos vereadores rejeitou a proposta, sob a justificativa de que as imagens seriam da época em que Emanuel era deputado e não prefeito.
Após a rejeição da CPI, começaram os rumores de que alguns parlamentares teriam recebido o mensalinho para manterem o apoio ao prefeito. O burburinho se agravou após o Diário de Contas, informar na última quinta-feira (31), que a Câmara recebeu uma suplementação R$ 6,7 milhões, autorizada pelo gestor municipal peemedebista.
Descontente com rejeição a CPI, o vereador Felipe Wellaton (PV) protocolou uma ação na justiça que ajudou, inclusive, o juiz Luís Aparecido Bertolucci, da Vara Especializada da Ação Civil Pública e Ação Popular, a anular a suplementação a Câmara.
Tal medida foi a causa das especulações, pois os advogados que assinam a petição têm profundas ligações com o Consórcio Cuiabá Luz S.A, que tentam de todas as formas assumir o sistema de iluminação pública da capital do Estado.E que supostamente também faria parte, o ex-prefeito Mauro Mendes.
Conforme as mensagens enviadas no aplicativo, Mauro Mendes teria homologado a concessão, à empresa de iluminação, estimada em R$ 720 milhões na última semana de gestão. No entanto, ao assumir o cargo Emanuel Pinheiro, a pedido do Tribunal de Contas do Estado, anulou a decisão.
"Desde então a empresa tem feito gestões junto aos vereadores no sentido de tentar reverter a decisão. Os vereadores Felipe Welaton, Marcelo Bussiki e Gilberto Figueiredo já se manifestaram a favor da manutenção dessa concessão que é prejudicial à municipalidade', afirma um trecho da mensagem.
Leia a mensagem na íntegra:
O Mauro Mendes homologou essa concessão estimada em 720 milhões na última semana de gestão. O processo da iluminação pública foi anulado pelo atual prefeito. Desde então a empresa tem feito gestões junto aos vereadores no sentido de tentar reverter a decisão. Os vereadores Felipe Welaton, Marcelo Bussiki e Gilberto Figueiredo já se manifestaram a favor da manutenção dessa concessão que é prejudicial à municipalidade. Bussiki chegou inclusive a agendar audiências junto ao TCE, onde é servidor licenciado, para tentar reverter a decisão do tribunal que também apontou pela conveniência do cancelamento da concessão. Temos registros documentados dessa movimentação da bancada ligada ao ex-prefeito.
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