Da Redação
(Foto: Reprodução/Web)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que há fortes indícios de que quando o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, após renunciar o cargo e passar a ser investigado como o líder do esquema dos grampos o ex-secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho e outros servidores visitaram o primo do governador por diversas vezes.
Isso significa para o ministro que mesmo estando fora do poder, Paulo Taques ainda demonstrava sua força política no alto escalão do Governo.
Na terça-feira (17), o ministro negou o pedido de soltura da defesa do primo do governador. Ele afirma que recebeu registros de entrada e saída do Condomínio Florais Cuiabá, onde mora o ex-secretário. Fato que comprova que José Adolpho, então chefe da Casa Civil do Estado, fez pelo menos quatro visitas a Taques.
“Prova disso são as incontáveis visitas á sua residência de pessoas e autoridades do Governo que lá estiveram apôs ter deixado a Casa Civil. Secundo provam os registros de entrada e saída do Condomínio Florais Cuiabá Residencial, recolhidos nos autos do Inquérito II. 7832.1/2017, desde 11/5/2017 até 9/8/2017, somente o atual secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho de Lima Avelino Vieira, lá esteve por quatro vezes”, diz trecho do documento.
Além de José Adolpho, Barroso também citou que o superintendente de Assuntos Estratégicos da Casa Civil, Sergio Walmir Monteiro Salles, do assessor especial da Casa Civil, Selmo Antônio, além da secretária-adjunta de Gestão Integrada da Casa Civil, Ana Paula Cardoso, e do assessor parlamentar Jorge Luiz Lisboa, oficial da Polícia Militar também visitaram Paulo Taques por três vezes.
“Outras razões existem para mantê-lo segregado cautelarmente. Afora todas as situações já demonstradas - que, de por si, justificariam a aplicação da medida cautelar extrema - sua força e sua influência no alto escalão do Governo é inconteste, até pela condição de primo do Chefe do Poder Executivo e de ter exercido o poderosíssimo cargo de secretário Chefe da Casa Civil”, finalizou.
Operação Esdras
Também foram presos o ex-secretario de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Benedito Siqueira, o ex-secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco e sua esposa, Helen Lesco, o sargento Soler, e o ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas.
Esdras é aquele que ajuda e faz parte da tradição judaico-cristã. Ele liderou o segundo grupo de retorno de israelitas que retornaram de Babilônia em 457 a.C.. Descendente de Arão, o primeiro Sumo Sacerdote de Israel, Esdras era escriba entendido na lei de Moisés.
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