Cuiabá, 07 de Maio de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 24 de Agosto de 2022, 16:40 - A | A

24 de Agosto de 2022, 16h:40 - A | A

POLÍTICA / PLACAR DE 20 A 3

ALMT derruba veto de Mendes e proíbe usinas hidrelétricas no Rio Cuiabá

A lei já entra em vigor a partir desta quinta-feira (25)

Gabriel Rodrigues
Única News



A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), derrubou nesta quarta-feira (24), pelo placar de 20 a 3, o veto do governador Mauro Mendes (União Brasil), referente ao Projeto de Lei nº 957/2019, que proíbe a construção e instalação de Usinas Hidrelétricas (UHE) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH's), no Rio Cuiabá. 

O projeto de lei é de autoria do deputado estadual Wilson Santos (PSD). A lei já entra em vigor a partir desta quinta-feira (25). Segundo o PL, as hidrelétricas causam grande impacto ambiental e social. Para a instalação desse tipo de usina e construção de barragens, que refreiam o curso dos rios, é necessário o alagamento de grandes áreas.

Inicialmente, a proposta havia sido aprovada em maio deste ano com ampla maioria pela Assembleia. Mendes argumentou ser contra a instalação de PCHs no curso do rio, porém, vetou a medida por entender ser inconstitucional, pois cabe à União legislar sobre o tema.

“Eu sou contra. Mauro Mendes é contra. Porém, quem licencia não é Mauro Mendes, é a Sema. Até ouvi dizer que os técnicos também são contra. Agora, a lei que a Assembleia fez eu vetei porque é inconstitucional. Veto tudo que chega lá e que é inconstitucional. Tem que aprender a fazer as coisas certas. Parar de fazer projeto só para ganhar um votinho”, destacou durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, nesta última terça-feira (23).

Manifesto de entidades 

Em maio, uma carta assinada por mais de 90 entidades pediu a sanção do projeto apontando que estudos coordenados pela Agência Nacional de Águas (ANA) e a Embrapa Pantanal eram suficientes para sanar dúvidas em relação aos impactos de usinas e hidrelétricas nos rios formadores do bioma Pantanal, a exemplo do rio Cuiabá.

O texto apontou que um dos efeitos diretos seria a “diminuição na reprodução dos peixes migradores, os peixes de piracema - importantíssimos para as atividades econômicas de pesca profissional e turística”, além de alterações em toda a cadeia alimentar, bem como todo o ciclo das águas na região.

 

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