Keka Werneck
Única News
Deputado federal José Medeiros (Podemos) lamentou a decisão do Supremo que anulou hoje (8) todas as condenações do ex-presidente Lula (PT) da Operação Lava Jato, tornando-o novamente elegível. “Assim caminha a humanidade”, comentou Medeiros, um dos críticos mais ferrenhos do petismo. Segundo ele, a lei não é igual para todos. “Não toca para o Zé, Joaquim, para o João (da mesma forma), é a relativização total, serve para uns, não serve para outros”.
Ela relembra que a Operação Lava Jato nasceu inspirada na Operação Mãos Limpas, na Itália, e a superou, se tornando a maior operação contra corrupção do do mundo, chegando a um presidente da República, no caso o Lula.
“Desde o início sabíamos que poderia ser atacada”, diz o deputado, destacando que atinge a grandes nomes da política e autoridades poderosas. “Quanto mais foi subindo na cadeia alimentar do crime, mas foi sendo atacada”, reforça.
Para ele, o que está acontecendo agora, com a decisão do ministro Edson Fachin, dada hoje, é “colocar o direito processual acima do direto material”.
“Precisa seguir ritos, mas o juiz, ainda mais um ministro do Supremo, precisa sopesar, contrabalancear. Não cabe a um juiz monocrático, mesmo que seja da Suprema Corte, acabar com uma operação dessas”, critica.
Segundo Medeiros, “o Brasil todo ficou com gosto de caixão velho na boca” e “é o que temos” para o momento.
Ele citou o caso do deputado federal Daniel Silveira (PSL) que está preso por “criticar esse tipo de coisa, que o brasileiro não engole”.
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