Cuiabá, 07 de Maio de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 10 de Maio de 2022, 20:30 - A | A

10 de Maio de 2022, 20h:30 - A | A

POLÍTICA / TROCA DE MODAL

Emanuel pede inspeção do TCU em obras do VLT e questiona porque Mendes “mudou de opinião”

Thays Amorim
Única News



A recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que suspendeu as obras do BRT (em português, ônibus rápido no trânsito) reacendeu as discussões sobre a troca do modal. Nesta terça-feira (10), em suas redes sociais, o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que pediu à Corte de Contas uma visita técnica para fiscalizar as obras do VLT e questionou o motivo do governador Mauro Mendes (UB) trocar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Emanuel mostrou um vídeo de quando Mauro foi prefeito de Cuiabá, entre 2012 a 2016, em que defendia a continuidade das obras do VLT, tendo em vista o alto custo da obra - cerca de R$ 1 bilhão. Recentemente, o chefe do Palácio Paiaguás classificou a decisão do TCU contra o BRT como “indução ao erro” por parte da prefeitura. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) deve ajuizar um recurso contra

LEIA MAIS: Mauro diz que Emanuel induziu TCU ao erro; PGE já ajuizou recurso pela manutenção do BRT

“Por que como governador Mauro Mendes mudou de opinião? [...] Nós que andamos de carro estamos decidindo o destino de milhões de pessoas que andam de BRT ou VLT, se Deus quiser, sem dar o direito dessas pessoas opinarem. É difícil, faço isso com o maior respeito, não estou provocando, não estou pensando em eleição, estou sendo coerente à bandeira que defendo há sete, oito anos, há 10 anos, porque eu era deputado estadual na época. É o melhor para a população e vou lutar até o fim”, declarou.

Pinheiro classificou a declaração de Mendes de que o TCU teria sido induzido ao erro como “falta de respeito” com o órgão, destacando trechos da decisão do ministro Aroldo Cedraz. O principal argumento do chefe do Paiaguás é de que não existem vínculos federais em relação à obra, já que o financiamento junto à Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 560 milhões, foi quitado em dezembro do ano passado.

Entretanto, o prefeito ressaltou que a jurisprudência da Corte assegura que mesmo quando o recurso é quitado, o Estado não está liberado de ser alvo do controle externo do TCU. “[O ministro] entendeu que deveria suspender agora porque ficou preocupado com as provas que Cuiabá colocou no processo e se deixasse as obras seguirem, poderia ser um prejuízo irreversível para Cuiabá”.

“Já orientei a nossa Procuradoria-Geral do Município, que está me acompanhando nesse processo desde lá de trás, [...] para que se debruçassem sobre esse processo porque está na hora de Cuiabá pedir, como manda o regimento interno do TCU, uma inspeção in loco de ministros e técnicos aqui nas obras do VLT de Cuiabá e Várzea Grande. Eles vão ficar horrorizados. Uma coisa é você decidir com processo na sua mesa, laudas, papel, faz parte. Agora, graças a Deus, os órgãos de controle tem inspeção in loco pela equipe técnica”, enfatizou.

Ainda não existe uma previsão se o pedido de Emanuel deve ser aceito junto à Corte de Contas. Atualmente, existem cerca de 40 vagões parados do VLT, além das obras, que chegaram a ter início em Cuiabá e Várzea Grande.

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