Cuiabá, 05 de Maio de 2024

POLÍCIA Quinta-feira, 28 de Dezembro de 2023, 10:53 - A | A

28 de Dezembro de 2023, 10h:53 - A | A

POLÍCIA / ATENTADO EM RONDONÓPOLIS

“Vítimas não faziam mal a ninguém”, diz coordenador de centro de apoio

Motorista em veículo importado atirou várias vezes contra grupo de pessoas em siituação de rua. Dois hommens morreram e outros dois ficaram feridos.

Ari Miranda
Única News



Reprodução/AgoraMT

ATENTADO RONDONÓPOLIS.jpg

 

Marlos Gabriel dos Santos (40), coordenador da Casa Bom Samaritano, Marlos Gabriel dos Santos, dise ter ouvido o “descarrego” de tiros que aconteceu durante a tentativa de chacina ocorrida en frente ao local, na madrugada desta quarta-feira (27), em Rondonópolis (218 Km de Cuiabá).

O coordenador disse que se assutou com a sequência de disparos, afirmando que ficou chocado com o atentado, onde dois homens em situação de rua e ainda estar atordoado com o atentado, que matou dois homens em situação de rua, identificados como Odinilson Landvoigt de Oliveira (41) e Thiago Rodrigues Lopes (37).

Além de Odinilson e Thiago, outras duas pessoas, também em situação de rua, ficaram feridas no atentado.

“Estou sem entender até agora. Os ‘meninos’ eram muito gente boa, não incomodavam ninguém. Tomavam a pinguinha deles, mas não eram de fazer baderna”, afirmou Marlos.

“Você pedia um favor e os ‘meninos’ faziam. Me ajudavam demais aqui na casa. Eu tinha até combinado com eles de virem ajudar na reforma de um banheiro”, completou.

Marlos, que também reside na unidade de acolhimento, ressaltou que foi acordado pelo barulho dos tiros.

“Me assustou muito. A gente acorda 3 horas da manhã com aquele ‘descarrego’ de tiros. Primeiro passou, a primeira vez deu uns dois ou três tiros. Daí voltou e deu mais uns quatro ou cinco”, destacou.

Os tiros foram dados pelo motorista de uma SUV Range Rover de cor verde escura.

“Escutei os tiros. Demorou um pouquinho e os ‘meninos’ me chamaram e eu fui lá. Deve ter dado uns 8 a 10 tiros aqui na frente. Eu tenho a filmagem, os meninos descem correndo na frente e ele [atirador] desce na contramão atirando”, afirmou.

No registro é possível ver o desespero e a correria do grupo tentando fugir dos disparos.

De acordo com o coordenador, entre 10 e 12 pessoas em situação de rua dormem na calçada da casa de acolhimento, localizada quase em frente ao Centro de Atendimento à População em Situação de Rua (Centro POP) de Rondonópolis.

Segundo Marlos, o grupo ficava embaixo das árvores, sem fazer algazarra, e fazia suas refeições na casa de acolhimento.

“Hoje a gente vive de doação das pessoas, de empresários, de igrejas. Tem o café da manhã às 8h, o almoço às 11h. E às 17h a gente dá uma sopa para eles. Tem lugar pra tomar banho, a gente dá roupa, fornecemos sabonete, creme dental, tudo que eles precisam”, pontuou.

A Polícia Civil investiga o crime.

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