Cuiabá, 14 de Maio de 2024

POLÍCIA Terça-feira, 14 de Novembro de 2017, 09:52 - A | A

14 de Novembro de 2017, 09h:52 - A | A

POLÍCIA / PRESÍDIOS DE MT

Sem melhorias, detentos recuam de greve de fome por conta da desidratação

Daffiny Delgado



Ilustrativa

pce

 

A população carcerária de Mato Grosso encerrou na noite de segunda-feira (13), a greve de fome, deflagrado há quase oito dias. A justificativa para o fim da paralisação foi o número de presos sofrendo com a desidratação dentro das unidades do Estado.

 

A greve de fome teve o intuito de reivindicar melhorias na saúde, na estrutura do sistema e novas oportunidades de trabalho para os presos. Além disso, eles também denunciaram a superlotação e questionaram as transferências irregulares ocorridas em algumas unidades.

 

Na última sexta-feira (10), dois presos da penitenciária de Lucas do Rio Verde (a 360 km de Cuiabá), passaram mal durante a paralisação. Eles chegaram a ser encaminhados para ala médica, onde recebem atendimento.

 

Conforme o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindspen), João Batista, as petições dos presidiários já estavam há algum tempo em pauta nas negociações do sindicato por melhoria.

 

A categoria assegurou que a questão da saúde já se encontra em sua lista de preocupações, pois a situação nas unidades é precária. "Algumas doenças acabam se proliferando no sistema penitenciário. Então, nós temos pedido sempre mais atenção à saúde", afirmou Batista.

 

A preocupação não só dos agentes penitenciários, mas também das famílias dos presos, está no surto de tuberculose que atinge alguns presídios. Somente na Penitenciária Central do Estado (PCE), o número de presos com a doença passa de 60.

 

Apesar da pauta ser válida, o Executivo não mostrou interesse em atender as exigências dos presos. A falta de médicos dentro das unidades mostra a fragilidade e precarização ao atendimento dos doentes.

 

A assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), afirmou que a fome foi o que motivou o fim da greve. O ógão ainda informou que estaria tomando providências em relação a contratação de médicos para atender o Sistema Penitenciário do Estado.

 

Alguns ficaram de fora

 

A ala evangélica da Penitenciária Central do Estado (PCE-MT) e o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro não aderiram ao movimento da greve de fome iniciada há uma semana pelos presidiários de todo Mato Grosso. O movimento começou no dia 5 deste mês, porém, apenas 15 unidades realizaram o comunicado oficial. 

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