Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Sexta-feira, 11 de Agosto de 2017, 09:10 - A | A

11 de Agosto de 2017, 09h:10 - A | A

POLÍCIA / MORTE RODRIGO CLARO

Família ainda não se recuperou de tragédia e se indigna com postura de associação

Da Redação



A família do soldado do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Claro, que morreu em novembro do ano passado, depois de participar de um curso de formação para soldados da corporação, afirmou na manhã desta sexta-feira (11) que ainda não se recuperou da tragédia com o jovem.

 

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De acordo com o pai do soldado, Antônio Claro, a família ainda está fazendo tratamento médico para lidar melhor com a situação. Mas, achou totalmente estranha a nota emitida pela Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof), que isenta a tenente Izadora Ledur da responsabilidade com a morte do soldado.

 

 

“A Assof agiu de forma corporativista ao tentar defender Ledur. A Justiça aceitou inclusive a denúncia proposta pela Ministério Público do Estado contra a oficial por causa das provas levantadas nas investigações”.

 

 

A morte de Rodrigo foi registrada no dia 10 de novembro de 2016 depois de participar de algumas atividades aquáticas na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

 

 

O MPE destacou que apesar de apresentar condicionamento físico, o aluno demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre, entre outros exercícios.

 

Mas, a associação afirmou que a aula de salvamento aquático começou às 14h e encerrou às 18h. A disciplina foi ministrada pela tenente Ledur e o tenente coronel BM Marcelo Reveles e outros especialistas na matéria.

 

Segundo Wanderson Nunes de Siqueira, nenhum tipo de afogamento, torções ou fraturas foram registrados durante o treinamento do aluno. A não ser um mal súbito em Rodrigo que dizia sentir dores de cabeça e, por isso, foi autorizado a retornar para o quartel dos bombeiros instalado no bairro Verdão, em Cuiabá.

 

o quartel, Rodrigo ainda se apresentou ao coordenador do curso e disse que estava sentindo dores de cabeça. Nisso, uma viatura dos bombeiros conduziu o aluno para a Policlínica do Verdão, onde depois de uma triagem com aferição da pressão arterial o quadro do paciente foi classificado como paciente sem risco.

 

Mas, depois de algumas horas, o aluno começou a convulsionar e a partir daí, foi submetido a tratamento emergencial e encaminhado a um hospital particular, más infelizmente no dia seguinte ele veio a óbito.

 

A grande repercussão e as suspeitas de que a morte do aluno soldado Claro havia sido provocada por excesso no treinamento ou maus tratos por parte dos instrutores, culminou com a instauração de dois inquéritos, um no Corpo de Bombeiros e outro na Polícia Civil.

 

Durante os inquéritos foi solicitado da Polícia Técnica (Politec) um exame minucioso do jovem Rodrigo Claro. Mas, foi confirmado que a morte de Rodrigo foi por hemorragia cerebral de causa natural.

 

“Além das feridas provenientes do tratamento médico recebido na policlínica do verdão e no hospital particular, não se observou nenhum outro vestígio de lesão traumática recentes na superfície externa do corpo. ... Levando-se em conta vídeos e fotografias produzidas durante o treinamento e ainda, as informações prestadas pelos alunos do curso, instrutores e monitores nas oitivas, a Associação dos Oficiais afirmar e reafirma que o treinamento e as instruções de salvamento aquático que o aluno soldado BM Rodrigo Claro participou no dia 10 de novembro de 2016, não contribuíram nem tiveram relação de causa e efeito com a sua morte”, afirma trecho da nota.

 

Caso

Rodrigo Claro, (21) morreu em uma terça-feira (15), depois de ficar internado em coma por cinco dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular.

 

 

 

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