Da Redação
(Foto: PJC)
A bisavó, de 57 anos, da índia recém-nascida, que foi enterrada viva por ela, foi presa em flagrante na noite desta terça-feira (5), em Canarana (a 838 km de Cuiabá). Segundo a Polícia Civil, Kutz Amin, vai responder por crime de homicídio. O major João Paulo Bezerra do Nascimento, que atendeu a ocorrência declarou que “Passamos a acreditar em milagre”.
Ela foi enterrada com menos de 24 horas de vida pela bisavó e a mãe da criança, de 15 anos. A Polícia Civil foi informada de um recém nascido que teria sido enterrado em uma residência. Ao iniciar escavação em busca do corpo, os policiais ouviram o choro do bebê e perceberam que a criança estava viva. O bebê foi socorrido e encaminhado para o Hospital.
Segundo a Polícia Civil, a bebê vem de família indígena e a mãe teria relatado que ao dar à luz, acreditou que ela estivesse morta. A família é da etnia Tamayura de uma das 19 que vivem no Parque Nacional do Xingu. Ainda segundo a polícia, a criança sobreviveu durante 7 horas em baixo da terra.
“Nem a perícia que fica em Água Boa, acreditava. Primeiro era para localizar o corpo, depois acioná-los. Não dá para descrever a sensação ao começar cavar e ouvir o choro da criança. Deu um desespero para cavar ainda mais depressa, com as mãos, com cuidado. A bebezinha é tão pequenina, coube nas duas mãos. Tantas horas depois de enterrada, é um milagre”, relatou o major João Paulo Bezerra do Nascimento, comandante da 5º Companhia.
Conduzidas à delegacia para esclarecimentos, a mãe da criança e a avó do bebê contaram que a jovem sentiu fortes dores e foi ao banheiro sozinha. Ao nascer, a criança teria batido a cabeça no vaso sanitário, ocasionando sangramento.
A bisavó da criança cortou o cordão umbilical do bebê e também foi a responsável por enterrar a recém-nascida. A índia Kutz relatou que a criança não chorou e por isso acreditou que estivesse morta e segundo costume de sua comunidade enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais.
De acordo com o delegado Deuel Paixão de Santana, a mãe do bebê precisou de atendimento médico na tarde desta terça-feira (5), após uma forte hemorragia e na unidade hospitalar, ela teria comentado sobre o fato. Alguém pode ter ouvido e denunciado anônimamente à polícia.
A bisavó será encaminhada para audiência de custódia para deliberação do Judiciário. O bebê segue internado em unidade hospitalar de Água Boa.
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