Cuiabá, 25 de Abril de 2024

POLÍCIA Sexta-feira, 04 de Maio de 2018, 09:16 - A | A

04 de Maio de 2018, 09h:16 - A | A

POLÍCIA / "CRIOULA MALDITA"

Autor de racismo deve manter 500 metros de distância de fotógrafa e família

Elloise Guedes



(Foto: Facebook)

fotógrafa vitima de racismo-Mirian.jpg

 

Nesta quarta-feira (3), foi concedido pela Justiça de Mato Grosso, a medida protetiva para a fotógrafa Mirian Rodrigues Rosa, 32 anos, alvo de ataque racista praticado por Rafael Andrejanini. A decisão atende a um pedido formulado pelo Ministério Público Estadual (MPE).

 

A juíza do caso, Valnice Silva dos Santos, proibiu o acusado de se aproximar da vítima e da sua família, guardando a distância mínima de 500 metros, “vez que elas não podem viver em constante temor, não obstante as cautelas necessárias, ainda assim, não estão sendo suficientes para evitar os episódios protagonizados pelo autor, o qual vem, conforme declarado, colocando a vida da vítima e de seus familiares em risco”, destacou a juíza.

 

A vítima registrou um boletim de ocorrência na quarta-feira (2), após receber áudios no dia anterior em grupo de Whatsapp do Rafael com palavras racistas. 

 

“É o seguinte: vou queimar uma carne lá em casa. Preciso de você, como o carvão e o saco de lixo para recolher o que restar”, atacou o racista.

 

Em um dos áudios o racista tinha a chamado de "crioula maldita", que estaria procurando uma "escrava para ser cozinheira e faxineira na casa dele", que pode fazer o que quiser com "crioulo" que ele não sente nada pode dar no chicote, que negro não é gente”.

 

Mirian diz que Rafael é uma pessoa perigosa e teme por sua integridade física e por sua segurança.

 

Entenda o caso:

 

Em conversa com a fotógrafa para o site Única News, na quarta-feira (2), Mirian  revelou que os áudios foram enviados no celular de uma antiga amiga. Ainda de acordo com a fotógrafa, ela conheceu Rafael André na última segunda (30), durante um encontro com um grupo de amigas, em um bar de Cuiabá, onde depois de poucas palavras trocadas, surgiu um desentendimento por motivos religiosos. 

 

Segundo informações do MPE, o acusado ainda não tinha sido encontrado.

 

Ouça o áudio:

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