Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Sexta-feira, 03 de Fevereiro de 2017, 10:15 - A | A

03 de Fevereiro de 2017, 10h:15 - A | A

POLÍCIA / INEDITISMO

Agora homicídios serão julgados em salões comunitários, mostrando justiça sendo feita

Marisa Batalha



(Foto: Divulgação )

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Numa decisão senão inédita, certamento inusitada, foi tomada por um magistrado no Sul do Estado, que à partir deste mês leva para os bairros de Rondonópolis, as audiências do Tribunal do Júri. Deixando a Justiça mais próxima de quem precisa voltar a acreditar nela.

 

A decisão foi tomada pelo juiz Wladymir Perri, titular da 1ª Vara Criminal de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), que buscando inovar a forma com que realiza as audiências no município, já marcou para este mês, os júris - inicialmente -, para os salões comunitários dos bairros Jardim Rivera, Santa Clara e Parque Universitário.

 

A ideia, explica o magistrado, é realizar os júris nas comunidades onde os crimes aconteceram, como forma de mostrar para a população que o Judiciário está agindo. Sobretudo, que está próximo do jurisdicionado. 

 

Ainda para o juiz, para além do ineditismo da ação no município, está a intenção primordial de inibir o aumento da criminalidade por meio da divulgação das penas aplicadas àqueles que cometem crimes contra a vida. Além de repassar a sensação que a Justiça está trabalhando, resolvendo as pendências e julgando as mortes. 

 

Nestes salões vão ocorrer inclusive julgamento, com a presença do corpo de jurados em casos de homicídios. É a primeira vez que a ação é realizada em Rondonópolis.

 

“Aquele cidadão infrator vai pensar duas vezes antes de cometer algum crime porque ele sabe o risco de ser condenado, ele viu seu semelhante ser julgado na comunidade”, pontua o juiz.

 

A ideia surgiu a partir da percepção do magistrado de que as audiências do Tribunal do Júri costumam ser muito esvaziadas, sem participação e envolvimento da sociedade. Paralelamente a isso, os moradores de comunidades que são palco de homicídios recorrentes desconhecem as penas aplicadas pela Justiça e ficam com a sensação de impunidade quando, na visão do magistrado, “a impunidade que falam do Judiciário não existe, porque a Justiça está sendo feita, estamos dando prestação jurisdicional”.

 

Outro ponto destacado pela iniciativa é possibilitar que a população se sinta mais segura, com o contato direto da Justiça próxima às pessoas. “O magistrado tem que se aproximar do jurisdicionado e da sociedade”, ratifica o magistrado.

 

As sessões do Tribunal do Júri serão realizadas nos dias 16, 17 e 21 de fevereiro. De acordo com o juiz Wladymir Perri, sua intenção é realizar os júris do mês de março da mesma forma e sucessivamente em outros bairros, até que todos os julgamentos dessa natureza sejam realizados nas comunidades e não mais no Fórum. (Com informações do TJ-MT)

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