Cuiabá, 05 de Maio de 2024

PARANÁ Segunda-feira, 11 de Março de 2024, 09:00 - A | A

11 de Março de 2024, 09h:00 - A | A

PARANÁ / INVESTIMENTOS

Gigante da cevada, Paraná quer investir na produção de lúpulo

O estado tem 16 produtores de lúpulo, com 17.440 plantas distribuídas em 8,4 hectares. A produção ainda é pequena, inferior a 8 toneladas

Gabriel Azevedo
Canal Rural



Maior produtor de cevada do Brasil, o Paraná pode se tornar um bom produtor também de lúpulo, essência fundamental para o aroma e o amargor característicos da cerveja.

Na Academia estão em andamento pesquisas sobre as variedades mais adequadas para o estado e o Brasil.

Um dos trabalhos mais destacados é entre o professor Sérgio Ruffo, do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do professor Alessandro Sato, em Palotina, no Oeste do Paraná.

“Não tenho dúvidas em relação às boas perspectivas para o Paraná, tanto que estamos ampliando o espaço de pesquisa”, afirma Ruffo. “Não é mais sonho, já é realidade”.

Segundo o professor, as cultivares de lúpulo existentes no Brasil vêm dos Estados Unidos e da Alemanha.

Nos experimentos que a UEL e a UFPR fazem há cinco anos em Palotina estudam-se cerca de 20 variedades disponibilizadas por três viveiros, um no Rio de Janeiro e dois em São Paulo.

O início foi em área pequena, agora ampliada e contando com apoio de agências financiadoras, como o CNPq, do governo federal. “Resolvemos apostar”, afirma Ruffo. Segundo ele, o trabalho envolve bastante tecnificação. O lúpulo precisa de 17 horas diárias de sol para aproveitamento e rentabilidade integrais, o que é oferecido pela natureza em várias localidades dos principais países produtores.

No Brasil o máximo registrado é de 14 horas de luz diária. “Precisa de iluminação artificial para suplementar as três horas restantes e isso envolve muita tecnologia”, salienta. Nos experimentos são utilizadas lâmpadas especiais. “Se não houver, acaba florescendo antes de atingir o topo da treliça, de forma que não produz a quantidade de flores que caracteriza a ótima produção. E é isso que queremos”.

O professor reforça que um lúpulo nacional deve garantir também maior qualidade que o produzido, embalado e armazenado fora do país.

CLIQUE AQUI e continue lendo.

Comente esta notícia