Cuiabá, 05 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Quarta-feira, 24 de Janeiro de 2024, 10:56 - A | A

24 de Janeiro de 2024, 10h:56 - A | A

JUDICIÁRIO / QUER GARANTIR HERANÇA

Eraí Maggi é processado por filho que teve com cozinheira da família

Empresário é alvo de Ação na Justiça por suposta "antecipação" de herança.

Ari Miranda
Única News



Reprodução

ERAÍ MAGGI E RENATO SCHEFFER

O empresário Eraí Maggi e o filho, Renato Scheffer.


 

O empresário Eraí Maggi Scheffer está sendo processado na Justiça estadual por Renato Cardoso Lima Scheffer, filho que ele teve fora do casamento. Nascido em 1990, o caminhoneiro, morador da cidade de Nova Olímpia (a 204km de Cuiabá), é fruto de uma relação extraconjugal do produtor com uma das cozinheiras das fazendas de sua família e decidiu entrar com uma Ação Probatória Autônoma contra o pai, em dezembro do ano passado.

Renato teve a paternidade reconhecida por Eraí em outubro de 2020, após um teste de DNA. Contudo, agora, o filho decidiu entrar com a ação contra o pai por desconfiar que o ‘Rei da Soja’ estaria antecipando em vida sua herança apenas para os três filhos que teve com a esposa, Marilene Trento Scheffer, com quem o produtor é casado há décadas.

Procurado pela reportagem do portal Metrópoles, Eraí negou que tenha cometido qualquer irregularidade.

A ação impetrada por Renato Scheffer cobra uma perícia contábil, econômica e financeira para expor a evolução patrimonial de seu pai e de seus irmãos paternos. Se autorizada pela Justiça, a defesa do caminhoneiro fará um ‘pente fino’ na contabilidade do Grupo Bom Futuro, conglomerado empresarial fundado por Eraí junto com seus irmãos, Fernando e Elusmar Maggi Scheffer, para administrar o cultivo de quase 600 mil hectares de soja e algodão, além da criação de 130 mil cabeças de gado.

Além de Eraí Maggi, figuram no polo passivo do processo a esposa do empresário e os filhos do casal, Kleverson, Kleidimara e Antonio Scheffer, e a holding EMK2A, que faz a gestão do patrimônio da família. Atualmente, o grupo Bom Futuro tem capital social avaliado em R$ 1,5 bilhão, enquanto a EMK2A tem capital de R$ 1,2 bilhão.

No processo, Renato conta que Eraí teve o relacionamento com sua mãe em meados de 1989 – ele com 30 anos, ela com 18. Além disso, nos autos do processo, o caminhoneiro destaca que Maggi sempre soube que o caso extraconjugal teve como resultado o nascimento de um filho.

Á época, o empresário já era pai de Kleverson, Kleidimara e Antonio, nascidos em 1983, 1985 e 1987, respectivamente. Já Renato é o caçula de Eraí, nascido em agosto de 1990. Hoje com 33 anos, disse ter sido submetido a um teste de DNA quando tinha entre 5 e 7 anos que, segundo consta no processo, não fez com que Eraí reconhecesse a paternidade. Após o episódio, Renato passou a receber ajudas em dinheiro de representantes legais do empresário.

Apesar disso, no processo alega que foi abandonado pelo produtor e teve sua vida prejudicada pelo fato de não ter nenhum vínculo sentimental com o pai ao longo da vida.

“No caso dos autos, revela-se a triste história que expõe não apenas o abandono, mas a clara indiferença, desprezo, menosprezo, de um pai para com seu filho; de irmãos para com outro irmão”, afirma a defesa de Renato na ação.

Por fim, o reconhecimento da paternidade veio em 8 de outubro de 2020, a pedido de Renato. O empresário mandou em seu lugar um procurador assinar o documento que o reconhecia o filho. Com o acordo, Renato passou a usar o sobrenome Scheffer, assim como os demais filhos de Eraí, e recebeu R$ 250 mil para comprar um imóvel, além de uma pensão mensal no valor de R$ 12.500, válida por cinco anos. (Com informações do Metrópoles)

 

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