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ECONOMIA Quinta-feira, 11 de Março de 2021, 15:12 - A | A

11 de Março de 2021, 15h:12 - A | A

ECONOMIA / “NÃO COMPENSA TRABALHAR”

Com alta no preço dos combustíveis, motoristas de APP ameaçam parar

Keka Werneck
Única News



Motoristas de aplicativo, que atuam em Cuiabá e Várzea Grande, estão desesperados com a alta dos combustíveis. Alegam que não está compensando trabalhar desse jeito e tentam uma audiência com o governador Mauro Mendes (DEM) para pedir socorro, já que não conseguem diálogo com as 4 empresas ativas na região metropolitana: Uber, 99 POP, inDriver e Urbano Norte.

Também não descartam uma paralisação geral. Mas esta seria uma medida extrema, já que deixar de rodar significa não receber. Nesta tarde, farão uma manifestação com saída da Orla do Porto às 15h.

O vice-presidente da Associação de Motoristas de Aplicativo de Mato Grosso, Kleber Campos, disse ao Única News que atualmente 6 mil motoristas estejam atuando na praça, aproximadamente. Maioria é profissional da área, mas também tem muita gente que, nesta pandemia, ficou desempregada e partiu por esse caminho.

Ainda de acordo com ele, pequena parte faz isso para obter renda alternativa: “A grande maioria sustenta família”, ressalta.

A gasolina subiu para R$ 5,70, com o acréscimo de R$ 0,20, e o álcool para R$ 4,20, com aumento de R$ 0,40.

“Nesse valor, em uma corrida acabamos pagando de R$ 5 a 6, mais a porcentagem que temos de encaminhar ao aplicativo, mais a depreciação do carro, mas o tempo que a gente gasta, estamos pagando para trabalhar”, reclama.

O repasse aos aplicativos é de 25% a Uber, 19,20% ao 99 POP, 9% ao inDriver e uma mensalidade ao Urbano Norte.
“Tentamos a todo custo uma aproximação com os aplicativos, inclusive porque deveriam ter escritório local, de acordo com lei municipal, mas apenas o Urbano Norte tem”, diz o representante da classe.

Quando começou a trabalhar com aplicativos, em 2017, lembra que o valor do litro do álcool era R$ 1,99. Agora está R$ 4,20, ou seja, dobrou. Ele também conseguir tirar por mês até R$ 5 mil e agora com a praça superlotada e o preço dos combustíveis e demais gastos, “não está compensando trabalhar”.

O socorro é esperado devido ao entendimento de que estes motoristas prestam serviço essencial à sociedade.

Veja fotos da manifestação realizada nesta tarde (11):

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