Cuiabá, 13 de Maio de 2024

CIDADES Quinta-feira, 18 de Outubro de 2018, 18:09 - A | A

18 de Outubro de 2018, 18h:09 - A | A

CIDADES / FARIA 23 ANOS HOJE

No dia do seu aniversário, família de Rodrigo Claro lamenta lentidão em investigação

Claryssa Amorim



rodrigo Claro.jpg

 

Os pais do Rodrigo Patrício Lima Claro, que morreu após treinamento da tenente Izadora Ledur, do 16º Curso de Formação do Corpo de Bombeiros, lamentou nesta quinta-feira (18) – dia do aniversário do filho -, a lentidão da Justiça com o processo. A família lembra que neste dia 18 de outubro, Rodrigo Claro estaria fazendo 23 anos, mas teve a “vida interrompida de maneira brutal”.

 

Para supostamente atrasar o processo, a defesa da tenente já apresentou 10 atestados médico ao Conselho de Justificação, que apura a conduta da oficial, após a morte do aluno, quando tinha 21 anos.

 

A família do Rodrigo Claro já manifestou outras vezes a indignação e diz estar inconformada com a situação de tantas apresentações de atestado. Para os pais, o 2º tenente do Corpo de Bombeiros, Antônio Claro, e a mãe Jane Claro, a intenção da tenente é de tentar uma aposentadoria, mas que a comissão de médicos do Estado, deva decidir acertadamente sobre a aposentadoria. 

 

“Ele teve o sonho interrompido de maneira brutal por pura incompetência e despreparo principalmente da Tenente Ledur e de toda equipe responsável pelo treinamento no dia 10 de novembro de 2016”, lamentou Antônio Claro.

 

Segundo depoimento de colegas, na aula, Rodrigo reclamou de dores de cabeça e exaustão, porém, a tenente não deu atenção e o obrigou a continuar com o treinamento.

 

(Foto: divulgação)

RODRIGO CLARO.jpg

 

Os pais cobram uma resposta do órgão responsável sobre o andamento das investigações, pois, para eles, tudo "está parado". 

 

"Tudo que sabemos é que o Corpo de Bombeiros encaminhou o processo para a Procuradoria Geral do Estado solicitando um parecer. Esse parecer foi emitido pela PGE e enviado ao Governo do Estado, mas até o momento não sabemos o que consta nessa decisão, pois tudo se tornou um grande mistério, ninguém comenta mais nada sobre o assunto, até parece que tudo foi arquivado. A família Claro quer simplesmente uma explicação, pois a ferida ainda encontra-se aberta e dificilmente cicatrizará", finalizou Antônio Claro.

 

O Ministério Público Estadual (MPE) acusou Ledur por práticas de tortura durante o treinamento seguido de morte, apontando que apesar das dificuldades apresentadas pelo aluno nas atividades aquáticas, a tenente não se importou.

 

Ledur

 

Além da tenente, também foram acusados pelo MPE, por ignorarem a situação utilizando-se de métodos totalmente reprováveis para “castigar” os alunos, os militares Marcelo Augusto Revéles Carvalho, Thales Emanuel da Silva Pereira, Diones Nunes Sirqueira, Francisco Alves de Barros e Eneas de Oliveira Xavier.

 

“Os métodos abusivos praticados pela instrutora consistiram tanto de natureza física, por meio de caldos com afogamento, como de natureza mental utilizando ameaças de desligamento do curso com diversas ofensas e xingamentos humilhantes à vítima menoscabando sua condição de aluno”, diz um trecho da denúncia do MPE.

 

Após um ano e três meses da morte do filho, o pai diz que espera justiça, pois ela não matou só Rodrigo Claro, mas sim a família toda. 

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia