Cuiabá, 26 de Abril de 2024

CIDADES Quarta-feira, 18 de Julho de 2018, 14:46 - A | A

18 de Julho de 2018, 14h:46 - A | A

CIDADES / NÃO TEM CRM EM MT

Após suspensão de "Plástica Para Todos", membros ganham apoio de clientes e políticos

Claryssa Amorim



(Foto: reprodução)

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A Empresa Programa Plástica para Todos, de Cuiabá, informou por meio de nota que irá fazer uma manifestação contra a decisão do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM) de suspender temporariamente o atendimento do programa. A decisão do Conselho foi após uma assembleia na noite desta terça-feira (17), no edifício Santa Rosa Tower.

 

O programa certificou ainda que o manifesto contará ainda com dois deputados federais e três vereadores de Cuiabá, além de clientes. O ato será realizado por volta das 16h30 na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA). 

 

De acordo com o Conselho, a interdição se faz necessária, devido algumas irregularidades encontradas na empresa, inclusive não possuir registro no CRM no Estado. Além, de um médico do programa, estar respondendo uma acusação pela morte da jovem Daniele Bueno.

 

“A empresa trabalha como intermediadora do serviço, assim que sanadas as irregularidades, poderá voltar a atuar”, explicou.

 

O programa ainda declarou que a manifestação é a favor dos clientes que 'sonham' em fazer as cirurgias e não podem, devido o custo alto que possui no mercado. "A manifestação é a favor daqueles que querem fazer uma cirurgia e não querem e nem precisam atravessar a fronteira para fazer na Bolívia ou até mesmo esperar na fila so SUS por 10 anos. Nós vamos parar a avenida", destacou a assessoria do Plástica para Todos. 

 

Leia a nota

 

A Empresa Plástica Pra Todos, vem a público noticiar que o CRM/MT, em plenária na noite desta terça feira, entendeu pela necessidade do programa registrar-se no órgão, para só então dar sequência a sua prestação de serviços. A decisão não acarretará prejuízos aos pacientes, uma vez que a relação médico-paciente não foi afetada pela mesma, pois os médicos não estarão impedidos de atuarem junto aos pacientes.

 

O Projeto tem foco no atendimento de pacientes que esperam a anos por um procedimento cirúrgico pelo Sus, que muitas das vezes se submeteria a cirurgias clandestinas em países vizinhos, ou que jamais teriam acesso a esse serviço, em busca da saúde mental, reparatória, qualidade de vida e melhora geral de sua saúde, proporcionados por uma cirurgia plástica.

 

Agradecemos o apoio de todos os pacientes, estimando que num prazo máximo de 30 dias sera possível a inscrição da empresa junto ao CRM/MT, quando tudo será normalizado, esclarecendo que o registro não tinha sido realizado por orientação de nossa assessoria jurídica da matriz em MG, em razao de se tratar de mera intermediação operacional do serviço.

 

Dessa forma orientamos que nossas pacientes procurem em horário comercial, a sede da empresa para procedimentos administrativos e financeiros.

 

Caso Daniele Bueno

 

(Foto: divulgação)

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No dia 11 de maio, deste ano, Daniele fez uma postagem em um grupo de mamoplastia no Facebook dizendo que iria operar pelo Programa Plástica para Todos. Ela passou por cirurgias de lipoescultura e mamoplastia, no mesmo dia da publicação pelo custo de R$ 7 mil. 

 

A amiga que acompanhava no pós-operatório, pediu socorro. "Houve demora na reanimação, porque lá (no hospital) não tem UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e ela teve de ser transferida para outro hospital, onde fizeram de um tudo para reanimá-la", contou Laíza.

 

Daniele que era formada em gastronomia e estética, teve conhecimento do médico que fez a cirurgia plástica por meio de um grupo no Facebook, cuja proposta é oferecer cirurgias plásticas a preços bem abaixo dos praticados no mercado.

 

O corpo de Daniele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde foram feitos exames para apurar a causa da morte. A família registrou uma denúncia na Polícia Civil. Segundo a polícia, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai investigar as circunstâncias da morte de Daniele, sob a responsabilidade da delegada Juliana Palhares.

 

Outros casos

 

Ainda neste mês de julho, duas mulheres que realizaram cirurgia pelo programa “Plástica para Todos”, ficaram em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Hospital Militar de Cuiabá. De acordo com o diretor do hospital, coronel Kleber Duarte, a unidade não tem responsabilidade sobre o caso.

 

Os casos das pacientes foram denunciados pela Sociedade Matogrossense de Anestesiologia (Soma), por complicações após os procedimentos.

 

Segundo o programa, a primeira complicação ocorreu após um procedimento de lipoescultura. Informou ainda que em seguida, a paciente foi encaminhada para a Santa Casa e recebeu alta na mesma semana.

 

Já a segunda paciente, teve agravamento, quando já teria recebido alta, após cirurgia bariátrica. A mulher teve sangramentos de vasos, o que, segundo o programa, é uma “condição esperada para o tipo de cirurgia”. Ela procurou o atendimento do Hospital São Mateus e foi acompanhada pela equipe médica.

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