Cuiabá, 26 de Abril de 2024

ARTIGOS/UNICANEWS Terça-feira, 14 de Novembro de 2017, 10:32 - A | A

14 de Novembro de 2017, 10h:32 - A | A

ARTIGOS/UNICANEWS / ONOFRE RIBEIRO

Condutas novas na ética

ONOFRE RIBEIRO



(Foto Reprodução)

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Na última sexta-feira participei como palestrante num evento do Sicredi em torno desse mesmo assunto e do planejamento estratégico da corporação. No sábado participei como mediador num debate da Unimed a respeito do mesmo tema. E no mesmo sábado a Universidade Estadual de Mato Grosso também esteve reunida em Cuiabá pra tratar desse mesmo assunto. Isso revela que a percepção dessas instituições caminha na direção de compreender que não será mais possível qualquer relação empresarial ou pública que não esteja pautada na transparência.

 

Depois dos escândalos levantados a partir da Operação Lava Jato, alguns termos tomaram conta dos mundos corporativos públicos e privados. Antes não se fala em compliance, muito menos em integridade e transparência. Agora está se tornando condição obrigatória nas relações das empresas entre si e nas relações com o governo.

 

Possivelmente a integridade venha a contribuir poderosamente pra matar a política corrupta brasileira. Construída à margem da sociedade a política tornou-se um consumidor do dinheiro público pra construir impérios de poder empresarial e político. Na medida em que a cidadania brasileira inicia um lento processo de amadurecimento, não cabe mais ser enganada da maneira como é enganada por partidos políticos, por dirigentes partidários, por parlamentares, por corporações políticas e pelo exercício público de gestão.

 

A preocupação no Sicredi e na Unimed é bem clara: manter as instituições sustentáveis por longo tempo. Os dirigentes, João Spenthof do Sicredi e Rubem Carlos da Unimed, sabem perfeitamente que sem uma política sustentável de transparência e integridade, as corporações não sobreviverão. E na medida em que elas mantiverem a política de compliance mudarão condutas nos órgãos públicos onde a corrupção ou a falta de regras de transparência ainda vigoram.

 

Daqui pra frente, seja no campo individual, seja no campo corporativo, a sustentabilidade sai do seu conceito ambiental inicial para outro mais rígido. O da ética.  Sem planejamento, sem compliance e sem transparência qualquer corporação não resistirá à pressão dos tempos tecnológicos de controle e aos desejos éticos da sociedade.

 

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

 

[email protected]   www.onofreribeiro.com.br

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