Única News
Da Redação
O número de pedidos de recuperação judicial no agro cresceu 535%, em 2023, com registro de 127 solicitações, sendo 43 delas somente em Mato Grosso. O estado lidera no número de pedidos para pessoas físicas do agronegócio, um aumento de 150% se comparado a 2022, quando foram registradas 18 ações. Os dados são do Serasa Experian.
O governo federal tenta restringir o avanço desse movimento e enfrenta resistência dos advogados de grupos do agronegócio, que afirmam que a União prejudica as empresas do setor com esta articulação junto à Justiça.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, alega que a recuperação é um instrumento legítimo, mas não pode ser banalizado. Em ofício enviado na semana passada para o ministro Luis Felipe Salomão, do CNJ, ele pede que a lei seja aplicada na íntegra, retirando da recuperação as alienações fiduciárias, contratos decorrentes de atos cooperativos e CPRs (Cédulas de Produto Rural) com liquidação física – quando o produtor quita a dívida entregando parte da produção.
O governo afirma que quer propor iniciativas de modernização do crédito rural e ajudar na gestão de riscos do produtor. O tema foi discutido entre Fávaro, o ministro Luis Felipe Salomão e o advogado-geral da União, Jorge Messias. (Com informações da Folha de S. Paulo)
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