Única News
Darlan Alvarenga, G1
O dólar opera em forte disparada nesta quinta-feira (12), batendo R$ 5 pela 1ª vez na história, em mais um dia de turbulência nos mercados, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter classificado o surto como uma pandemia e depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, proibiu viagens da Europa para os Estados Unidos por 30 dias.
Às 12h31 (horário de Brasília), a moeda norte-americana subia 3,18%, a R$ 4,8715. Na abertura, chegou a saltar mais de 6% e bateu R$ 5,0277 – nova máxima nominal (sem considerar a inflação) já registrada no país. Veja mais cotações.
Com o salto desta quinta, o avanço no ano chega a quase 22%.
Já o dólar turismo era negociado a R$ 5,0905, sem considerar a cobrança de IOF. Nas casas de câmbio, o dólar já era vendido a R$ 5,10, com a cotação para compra em cartão pré-pago superando R$ 5,30.
Já a Bolsa voltou a ter os negócios paralisados nesta quinta, depois de acionado o segundo "circuit breaker" do dia . Às 12h18, o Ibovespa tinha queda de 15,74%, a 71.768, após a segunda paralisação dos negócios do dia.
G1

A disparada do dólar acontece mesmo após uma atuação mais forte do Banco Central no mercado de câmbio com uma oferta de até US$ 2,5 bilhões em moeda à vista, cancelando o anúncio inicial de venda de até 1,5 bilhão feito no dia anterior.
A intensidade de alta do dólar nesta quinta, entretanto, diminuiu após o BC anunciar dois leilões extras de dólar em moeda à vista de até US$ 2,25 bilhão.
Na véspera, o dólar encerrou o dia a R$ 4,7215, em alta de 1,65%. Na semana, o dólar acumulou até o leilão de quarta-feira alta de 1,88%. Na parcial do mês, o avanço é de 5,37%. Em 2020, a alta chegou a 17,75%.
Derrota do governo no Congresso
Pesava também no mercado de câmbio nesta quinta a derrota sofrida pelo governo no final da tarde de quarta-feira, após o Congresso Nacional derrubar o veto presidencial a projeto que amplia o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), com impacto estimado em cerca de R$ 20 bilhões já no primeiro ano.
Em razão do impacto orçamentário da medida, o mercado enfrenta agora outro vetor de risco, do lado fiscal brasileiro, o que aumenta as incertezas sobre as relações entre Executivo e Legislativo, e sobre o ritmo de recuperação da economia brasileira.
Somado à tensão internacional, o "fato de Congresso e governo domésticos estarem em conflito aumenta pressão" sobre o real, destaca Jefferson Laatus, sócio fundador do grupo Laatus.
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