Cuiabá, 13 de Maio de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 12 de Março de 2020, 15:34 - A | A

12 de Março de 2020, 15h:34 - A | A

POLÍTICA / CORRIDA ELEITORAL

Niuan sobre candidata de Bolsonaro ao Senado: ‘Ninguém conhece e nunca viu"

Ana Adélia Jácomo
Única News



Primeiro suplente de senador na chapa de José Medeiros (Podemos), Niuan Ribeiro (mesmo partido) já aumenta o tom combativo da campanha eleitoral.

Sem papas na língua, ele afirmou ao Única News que estranhou o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à candidatura da tenente-coronel da PM, Rúbia Fernanda de Oliveira Santos (Patriota). A chapa dela terá como primeiro suplente o ex-deputado federal Victório Galli e a segunda suplência do partido ficou com o tenente da PM, Luciano Esteves Corrêia. 

Niuan afirmou que “ninguém conhece e nunca ouviu falar” da candidata e que a escolha do presidente tem “soado muito mal” entre os aliados. Rúbia é irmã do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Rubens de Oliveira. Ela tem formação em Direito, com especialização em Direito Penal e Segurança Pública e teve sua candidatura ao Senado lançada nesta quarta-feira (11), com direito a transmissão ao vivo do presidente para Cuiabá.

“O que a gente tem sentido é que isso tem soado muito mal. Ninguém conhece essa Rúbia. A maioria das pessoas da direita, apesar dessa declaração do presidente, não está encarando essa candidatura dela com seriedade. Até porque ninguém conhece, ninguém nunca viu, e fica difícil, né? Meio complicado. Muita gente não está entendendo essa decisão do presidente, muitos dizem que apesar de ser Bolsonaro, vão votar no Medeiros”, disparou ele.

Niuan é vice-prefeito de Cuiabá e concorre à 1ª suplência do deputado federal José Medeiros. Ambos contavam com o apoio de Bolsonaro, que já havia, inclusive, declarado que apoiaria Medeiros, que é um seu voce-líder na Câmara Federal, em Brasília. O clima de tensão nos bastidores seria tão grande a ponto de Medeiros ter declarado ao Única News que Bolsonaro enfrentava até chantagens e ameaças para não apoiar sua candidatura.

“O presidente tem a liberdade de se definir. O apoio do Podemos é ao governo brasileiro e vai continuar. O Medeiros também tem uma história. Ele não nasceu por conta do bolsonarismo, ele foi, inclusive, um dos que pediram o impeachment da Dilma, participou desse movimento de mudança do Brasil. É claro, gostaríamos de ter o apoio do presidente, mas a gente marcha com a mesma garra e a mesma vontade”, avaliou Niuan.

Segunda suplência ainda é incógnita

Apesar de a convenção do Podemos ser nesta noite (12), o grupo ainda não definiu o segundo suplente da chapa. As agremiações têm até 17 de março para registrar a candidatura no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). Esse é o último prazo para formação completa das chapas.

A tendência, de acordo com Niuan, é que a convenção ainda não traga o nome do segundo (a) suplente. “Muitos partidos fazem a convenção e não lançam os nomes dos suplentes, que nem a Gisela [Gisela Simona – candidata ao Senado do Pros] fez e não lançou o segundo suplente. Apresentaremos o suplente no ato do registro, da chapa toda”.

“O cenário está muito instável e a gente está conversando com pessoas de vários partidos e regiões, inclusive daqui de Cuiabá, mas não tem como falar agora porque está tudo bem incerto. O panorama está muito pulverizado, várias candidaturas. Gente do estado inteiro dividido com essa eleição, e a gente está tentando ver o melhor cenário político, o que combina mais com o nosso perfil, que agrega mais. É um momento de ter tranquilidade, estamos conversando e não adianta querer queimar a largada. Temos que fazer a coisa certa”, completou ele.

A eleição

O pleito suplementar ocorre em Mato Grosso após a juíza aposentada Selma Arruda (Podemos) ter seu mandato cassado por caixa dois e abuso de poder econômico. A partir do dia 18 estão permitidos comícios, panfletagens, carros de som, debates e toda forma de comunicação de rua com o eleitor.

Somente a partir de 23 de março é que o TRE permite a transmissão da propaganda eleitoral na TV, no rádio e na internet, sendo finalizada em 23 de abril, três dias antes do pleito, que ocorre em 26 de abril. A diplomação do vencedor será até o dia 21 de maio. O cargo de senador é de oito anos e será finalizado em 2026.

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