Ana Adélia Jácomo
Única News
Após reunião realizada em seu gabinete do Palácio Paiaguás, nesta segunda-feira (17), o governador Mauro Mendes (DEM) decidiu que permanecerá neutro na eleição suplementar ao Senado. Candidato oficial do partido, o ex-governador Júlio Campos afirmou que “entenderá” a falta de apoio político de Mendes no pleito.
De acordo com ele, as candidaturas do chefe de Representações em Brasília, Carlos Fávaro (PSD), e do vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), não permitem que Mendes faça opção por apoiar apenas um dos aliados.
Participaram da reunião o presidente do partido em Mato Grosso, Fábio Garcia, o presidente municipal, Beto Dois a Um, o líder do Governo na Assembleia Legislativa, Dilmar Dal Bosco, o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, e o senador Jayme Campos. No encontro, a legenda “bateu o martelo” e decidiu por lançar a candidatura de Júlio Campos.
“A minha candidatura foi decidida no gabinete dele. O governador Mauro Mendes disse que permanecerá neutro devido ao fato de que alguns aliados de 2018 também têm a pretensão. Enquanto existir a candidatura do Carlos Fávaro pelo PSD e do Otaviano Pivetta pelo PDT, ele vai permanecer neutro. Se, por acaso, eles não forem candidatos, muda essa situação. Eu entendo. Ele liberou a minha candidatura, mas falou: eu vou permanecer neutro. Não posso ser a seu favor nesse instante e nem contra”, disse Júlio ao Única News.
A legenda já agendou as convenções para o dia 11 de março, quando será homologado o nome de Júlio na eleição suplementar. “A partir de agora é ‘mãos à obra’. Trabalhar para organizar a campanha e a convenção estadual com todos os diretórios, prefeitos, vereadores e lideranças do partido, não só com membros do DEM, mas os partidos que se aliarão conosco”.
Suplentes e apoios políticos
Júlio preferiu não citar nomes, até por conta das regras eleitorais, que não permitem anúncios ou alianças formais antes do prazo, no entanto, adiantou que seus dois suplentes serão do interior do Estado.
“A partir de hoje estou autorizado a conversar com todos, convidar pessoas para serem meus suplentes, de outros partidos e de outras regiões do Estado. Como eu sou da Baixada Cuiabana, é natural que os dois suplentes sejam do interior, possivelmente um do Nortão e outro do Sul de Mato Grosso”.
As agremiações têm até 17 de março para registrar a candidatura no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). A partir do dia 18 estão permitidos comícios, panfletagens, carros de som, debates e toda forma de comunicação de rua com o eleitor. Somente a partir de 23 de março é que o TRE permite a transmissão da propaganda eleitoral na TV, no rádio e na internet, sendo finalizada em 23 de abril, três dias antes do pleito, que ocorre em 26 de abril.
“Campanha rápida, demais até, por isso não vai ter grandes campanhas, porque não vai dar nem tempo. Não pode movimentar como pré-candidato porque fere a lei eleitoral, então temos que usar o máximo possível a mídia social, a mídia oficial, site, rádio, televisão, entrevistas e a aguardar o período legal de começar a campanha material”.
Júlio passará essa semana no Estado de São Paulo e em Brasília, onde tem amigos e aliados políticos. Ele disse que conta com apoio de diversos nomes da executiva nacional do DEM, como o presidente nacional da sigla, ACM Neto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente do Branco Central, Roberto Campos Neto.
“Estão entrando no circuito para viabilizar minha campanha. É o apoio total do diretório nacional, do DEM em Brasília. Eles estarão somando conosco: os presidentes da Câmara e do Senado, ACM Neto, líderes no Congresso... Nós temos três ministros do partido e também tem o meu parente, que é o presidente do Branco Central, Roberto Campos Neto”, concluiu Júlio.
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