Cuiabá, 13 de Maio de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 03 de Fevereiro de 2020, 16:06 - A | A

03 de Fevereiro de 2020, 16h:06 - A | A

POLÍTICA / CHUMBO TROCADO

Emanuel diz que Mendes é obcecado em o atacar e enumera negativas que prejudicam Cuiabá

Ana Adélia Jácomo
Única News



A queda-de-braço entre o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e o governador Mauro Mendes (DEM), parece estar longe do fim. Após publicação de uma entrevista do chefe do Executivo estadual, onde ele se diz indignado com a situação financeira de Cuiabá que, segundo ele, ‘deve Deus e todo mundo’, o prefeito enviou nessa segunda-feira (3) um texto onde se defende e volta a atacar Mendes.

Este já é o segundo artigo divulgado por Pinheiro em uma semana. No primeiro, ele afirmou que o governador era um “menino rico e mimado”, e agora diz que Mendes está “preso ao seu ego e visando ganhos políticos”.

A situação de inimizade já dura anos, mesmo após Pinheiro ter coordenado a campanha vencedora de Mauro Mendes em 2012 à Prefeitura de Cuiabá. A Capital do Estado acaba ficando no meio do fogo cruzado entre os dois, em situação que acaba por inviabilizar parcerias em prol da população.

Veja o novo artigo de Emanuel Pinheiro na íntegra:

"Mauro, em Cuiabá a palavra é “avançar” e não “consertar”  

PREFEITO EMANUEL PINHEIRO  

Na sua obsessão diária de nos atacar, o governador Mauro Mendes esquece até de ler o noticiário local e analisar os dados sobre as questões que levanta, todos eles oficiais.

Além do que já falei sobre a saúde financeira da nossa cidade, a secretária municipal de Gestão, Ozenira Felix, elencou semana passada vários outros que comprovam os bons resultados da Capital, não apenas na área fiscal.

Trata-se de uma cidade que paga em dia seus servidores; que aprofundou na gestão o princípio da economicidade, inclusive nas licitações; que tem média de gestão acima do país, de acordo com a Firjan; que avança no seu Produto Interno Bruto (PIB) com relação à gestão anterior (casualmente a gestão do Mauro), segundo o IBGE; que está dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, tem baixo nível de endividamento e capacidade comprovada de pagamento (e, por isso tem sob controle a relação com os fornecedores, ao contrário do que ele diz).

Enfim, Cuiabá é uma das capitais que mais está criando empregos no Brasil, como atesta o Jornal O Globo. É claro que uma cidade que tem as contas em dia e produz esses resultados não vislumbra qualquer possibilidade de caos. Muito pelo contrário, e é justamente isso que incomoda.

A verdade é que Mauro não está preocupado com Cuiabá, como ele gosta de aparentar. Se estivesse, faria da cessão da Nilo Póvoas um gesto de desprendimento e amor à nossa cidade. Mas, preso a seu ego, transforma um pedido administrativo legítimo em uma ofensa pessoal.

Ele nega para Cuiabá o prédio da antiga Secopa, e prefere deixar a Ilha da Banana relegada ao cenário de pós-guerra. E, muito grave, na Saúde nega R$ 44 milhões que deve à população. Será que tudo isso seria ruim para Cuiabá? Mauro substituiu o diálogo institucional pelo NÃO.

Negativas que afetam a vida de milhares de pessoas. Visando ganhos políticos, Mauro só se preocupa em entoar a cantilena de que tudo em Mato Grosso só pode dar certo se ele estiver à frente. Introjetou esse discurso do redentor e não consegue se adaptar a um novo script.

Mas há razões para que mude essa retórica. Primeiro, porque não deixou o Palácio Alencastro no melhor dos mundos, como apregoa com tanta ênfase (em breve, vamos trazer informações a esse respeito).

Segundo, porque nos dias de hoje é difícil dar aderência a esse terrorismo narrativo em uma cidade bem administrada e pujante como Cuiabá. Mauro, repito, tem dificuldade de lidar com o fato de que a atual gestão avançou no que vinha sendo feito na cidade, e, mais do que isso: avançou na direção certa, do social, da sensibilidade com os menos favorecidos.

Um cotejo rápido entre as duas gestões deixa isso bem evidente. Nós gostamos de gente, de estar nas ruas sentindo as necessidades das pessoas, com alegria, atenção, sem arrogância.

Por isso, pudemos ampliar o que estava dando certo, mas buscar as inovações que trazem mudança no dia a dia da população. Por que o Mauro nunca pensou em criar um programa como o do Kit Escolar? Será que ele também é contra esse programa?

Por que não criou a Primeira Escola em Tempo Integral do município? Será que acha um gasto desnecessário? Por que não concluiu nem o novo Pronto Socorro, deixando a obra abandonada? Não era prioridade o suficiente?

Por que não construiu tantos espaços de recreação nos bairros, onde a maioria das pessoas não têm opções de lazer e acesso a práticas esportivas? Por que não saiu da zona de conforto e tocou iniciativas como o Hora Estendida na Saúde e o SOS AVC?

E ar-condicionado nas estações de ônibus, por que não começou a fazer? Sem falar na nova licitação de transporte público, esperada há tanto tempo pelos cidadãos. A lista é grande e não para por aí. 

Mauro precisa sair desse discurso robótico e entender que a Responsabilidade é uma marca de nossa gestão. Mas no nosso projeto ela vai além do âmbito fiscal: nós trabalhamos com o conceito de Responsabilidade e Compromisso Social.

Se eu gostasse de terceirizar problemas, poderia culpar o contexto nacional por não ter feito ainda mais, afinal assumi a prefeitura em plena crise econômica. Mas não sou do tipo que precisa arrumar culpados para se afirmar.

Prefiro me alegrar com os resultados do nosso trabalho e com o reconhecimento da população".

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