Cuiabá, 27 de Abril de 2024

POLÍTICA Sábado, 09 de Setembro de 2017, 13:56 - A | A

09 de Setembro de 2017, 13h:56 - A | A

POLÍTICA / IRMÃ PEGAVA PRÁ ELE

Até o deputado evangélico Sebastião Rezende se curvou ao mensalinho, diz Silval

Da Redação



(Foto: AL-MT)

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As delações do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) têm caído como uma bomba em Mato Grosso. E, ao visto, as mais de duas mil páginas, em quase 200 depoimentos já dados pelo ex-gestor, ao ministro Luiz Fux, no Supremo Tribunal Federal, provam que o ex-gestor não deverá deixar de fora, quase nenhum dos políticos mato-grossenses. 

 

Em mais uma de suas colaborações com a Justiça, Silval assegurou que não foi só a irmã do deputado Airton Português (PSD), Vanice Marques, ex-secretária de Estado, que pegava propina, ao acompannhar o irmão para ajudá-lo a guardar o dinheiro; mas também teria feito repasse para a irmã do deputado Sebastião Rezende(PSC) que ia na Governadoria buscar a propina no lugar do parlamenntar evangélico. 

 

A 'espécie de mensalinho' fazia parte de um acordo entre o governo e o Legislativo estadual, para que não denunciassem os desvios da organização criminosa instalada no Palácio Paiaguás e ainda apoiassem os projetos encaminhados à Casa de Leis, pelo governo do Estado.

 

Na delação premiada - tendo como prova, vários vídeos dos deputados, supostamente recebendo propina -, o ex-governador revelou que a maioria dos pagamentos foram feitos diretamente aos deputados estaduais, que iam pessoalmente ao gabinete do seu chefe de gabinete, Sílvio Cesar, receber a propina.

 

Mas Silval se recorda - que no caso do deputado Sebastião Rezende -, o parlamentar, possivelmente, para não se expor, mandava a irmã para receber o pagamento em seu lugar.

 

Ainda de acordo com a delação do peemedebista, ele [Silval] chegou a levar pessoalmente na Assembleia Legislativa, a propina para os parlamentares e grande parte dela em espécie.

 

'A maioria dos pagamentos foram realizados em espécie aos deputados estaduais. Também houve ocasião em que fui pessoalmente até a Assembleia Legislativa entregar os repasses. Fazendo isto de mão em mão, para cada deputado estadual, em um valor mínimo em torno de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), sendo a maior parte em dinheiro e às vezes em cheques', diz o peemedebista em um trecho de sua delação

 

Lembrando ainda que por mais que quisesse um documento que comprovasse o pagamento a fim de se resguardar, nunca foi assinado nenhum recibo acerca de tais repasses mensais aos deputados estaduais Chegando, inclusive, em uma destas vezes, o deputado Romualdo Junior, a lhe dizer que nenhum dos parlamentares assinariam o recibo e que tudo seria acordado no âmbito da palavra.

 

Silval Barbosa também afirma na delação premiada, que quando ia na Assembleia para repassar o mensalinho, a entrega da propina era realizada no gabinete do deputado Mauro Savi, que à época ocupava o cargo de primeiro secretário no Parlamento, além de exercer liderança entre os demais deputados. 'Savi chamava um a um dos parlamentares para receber o pagamento do mensalinho'.

 

E que em apenas duas ocasiões teria deixado a enorme soma de dinheiro com Savi, que se prontificou a fazer a entrega a alguns deputados. E  em  outra ocasião ele [Silval], teria pago a propina no condomínio Florais, um residencial de luxo em Cuiabá, a uma parlamentar, a seu pedido. Mas que comumente o mennsalinho era entregue pelo seu então chefe de gabinete, Sílvio Cesar, em sua sala, no Paiaguás Ou pessoalmente por ele, no Legislativo.

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