Cuiabá, 01 de Maio de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 17 de Junho de 2020, 10:01 - A | A

17 de Junho de 2020, 10h:01 - A | A

POLÍTICA / OPERAÇÃO DA PF

Alvo da Ararath, Novelli se diz vítima de um processo vazio e sem provas

Da Redação
Única News



Alvo de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (17), o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, José Carlos Novelli, repudiou a ação e afirmou que “sempre atendeu adequadamente todas as notificações a qual foi citado”.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em sua casa, no Jardim das Américas, em Cuiabá, e uma fazenda no interior do Estado.

Novelli se diz vítima “de um processo de delação premiada parcial, condenatório e vazio de provas”. Em nota oficial enviada por seu advogado, Rodrigo Mudrovitsch, o conselheiro declarou que está há três anos colaborando com as investigações, mas que não há acréscimos de novos elementos.

Essa é a 16ª fase da Operação Ararath desde que teve início, em novembro de 2013. A partir daí, várias delações premiadas foram fechadas. Entre elas, do ex-gerente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol, que confirmou o envolvimento de vários conselheiros do TCE.

A PF vem investigando um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro, corrupção e crimes financeiros em Mato Grosso, envolvendo inúmeros políticos, empresários e agentes públicos do Estado.

Veja a nota na íntegra:

O conselheiro José Carlos Novelli repudia a medida de busca e apreensão realizada na manhã desta quarta-feira (17). Desde o início das investigações, o conselheiro sempre atendeu adequadamente a todas as notificações nas quais foi instado a se manifestar e a apresentar documentos e informações.

A medida empreendida na data de hoje afigura-se totalmente desnecessária, uma vez que operação similar nessa investigação já foi executada em 2017, sem acréscimo de novos elementos. O conselheiro reforça ainda que já são quase três anos de processo investigatório sem resolução e, mesmo com sua conduta colaborativa, ainda se vê vítima de um processo de delação premiada parcial, condenatório e vazio de provas.

Entenda o caso

A Operação Ararath foi realizada pela Polícia Federal para apurar a realização de pagamentos ilegais, por parte do Governo Silval Barbosa, para empreiteiras, além do desvio desses recursos em favor de agentes públicos e empresários através da utilização de instituição financeira clandestina.

A análise de documentos apontou a utilização de complexas medidas de "engenharia financeira" praticadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dada a valores de precatórios pagos pelo Governo de Mato Grosso.

A Operação já teve outras 15 fases, sendo que a primeira foi em novembro de 2013 e a mais recente em 2017. O objetivo é desarticular quadrilha envolvida em lavagem de dinheiro e crimes financeiros no estado, através de factorings de fachada e outras empresas.

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