Cuiabá, 08 de Maio de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 19 de Abril de 2022, 18:54 - A | A

19 de Abril de 2022, 18h:54 - A | A

POLÍTICA / EM IGREJA DE CUIABÁ

Sob forte discurso moral, Bolsonaro cita eleições e “sede do poder” de opositores

Thays Amorim
Única News



Durante o lançamento da Marcha para Jesus na Igreja Comunidade das Nações nesta terça-feira (19), no bairro Praeirinho, em Cuiabá, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), fez um forte discurso moral, a favor dos bons costumes e, sem citar nomes, mencionou a “sede do poder” durante o período eleitoral.

Sem inaugurar obras ou anunciar recursos para Cuiabá, a agenda de Bolsonaro na Capital é meramente evangélica – ainda que seja feita com recursos públicos, no período de pré-campanha. Durante o discurso, o presidente citou a pandemia e disse que 2022 traz junto “a sede do poder”, apontando melhorias no país durante o seu Governo.

“Fizemos o possível em 2020 para superar o mal que ninguém sabia como enfrentar. Chegou 2021, começamos a vislumbrar algo, um horizonte, vencemos 2021 e chegamos em 2022. Junto com 2022, outros problemas, a sede do poder por parte do homem. Uma política onde o vale-tudo volta a se fazer presente. Mas todas as pessoas aqui que tem mais de 30 anos de idade sabe muito bem o que era o Brasil de poucas décadas e o que é o Brasil de poucos anos. Temos um compromisso com o futuro da nossa geração”, afirmou.

O presidente relembrou a sua trajetória política, em específico o atentado em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, durante a sua campanha eleitoral de 2018, e disse que ao ganhar a eleição, pediu a Deus sabedoria e também se questionou sobre o que teria feito para merecer o “calvário”.

“O peso, a cruz eram muito pesados. E o que eu pedi em nenhum momento ele me deixou faltar. Formar o ministério, governador, eu vou formar um secretariado, com independência, vou buscar voluntários que queiram realmente se dedicar ao serviço da pátria. Formamos, enfrentamos 2019, pegamos o Brasil com sérios problemas econômicos, éticos e morais”, destacou.

Bolsonaro citou ainda o Plano Nacional de Direitos Humanos-3 (PNDH-3), que estabelece direitos a casais homossexuais, bem como o Projeto de Lei 122/2006, que criminalizava a homofobia, em uma suposta luta pela “cultura judaico-cristã”. Na época, em 2011, religiosos fizeram um movimento contra a proposta e alegaram que pastores e padres poderiam ser presos caso se recusassem a celebrar cerimônias homoafetivas – o que não procede.

“Os mais antigos lembram o que era o PL 122, se recusar a fazer uma cerimônia não prevista na Bíblia, o padre ou o pastor poderiam pegar três anos de cadeia. Aqui, tem parlamentar como o Marco Feliciano que passou momentos comigo na Comissão de Direitos Humanos, onde eu comecei a aparecer, em 2010. Não nos esmorecemos, lutamos por aquilo que achávamos que era certo, defendendo as nossas tradições, as nossas culturas judaico-cristã”, pontuou.

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