Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 08 de Janeiro de 2021, 10:34 - A | A

08 de Janeiro de 2021, 10h:34 - A | A

POLÍTICA / DECISÃO EM CONJUNTO

Pinheiro reconhece prejuízos à rede privada e abre diálogo sobre retorno às aulas

Euziany Teodoro
Única News



O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), está reunido neste momento com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de MT para discutir o retorno seguro às aulas em Cuiabá. Ao iniciar o diálogo, o prefeito reconheceu que a rede privada de ensino foi a mais prejudicada.

“A minha arma é o diálogo. Não podemos ser insensíveis à realidade da rede privada, que já têm me colocado, inclusive, que muitos fecharam as portas, estão falindo, quebraram. Então é uma situação muito dramática. E claro a situação para quem está com essa responsabilidade, que tem sua vida dedicada à educação privada e investiu no setor, está passando por um momento muito difícil. Tenho que tomar a decisão com um lastro de segurança para que a gente não possa, na pressão, acabar contribuindo para o aumento inimaginável no contagio e propagação do vírus. Mas, também, a gente não pode deixar de reconhecer os dois lados da moeda e abrir esse diálogo de uma vez por todas”, disse Pinheiro.

As aulas presenciais foram suspensas em 20 de março de 2020 em Cuiabá, tão logo foi confirmado o estado de pandemia no Brasil. Desde então, alunos estão em aulas online e a discussão sobre o retorno presencial já dura meses. A rede privada de escolas encara enormes prejuízos desde então.

“Dia 20 de março completa um ano do decreto de emergência e um ano de penúria para vocês dos estabelecimentos da rede privada, porque a rede pública teve seus prejuízos, mas o salário ficou em dia, com a sociedade sustentando a máquina pública. Vocês parados, mas sustentando a máquina pública, então não houve a quebra, não houve desemprego, não houve prejuízo (à rede pública). Eu estou muito angustiado com a situação e queria abrir esse diálogo”.

De princípio, o prefeito desmentiu boatos e esclareceu que não há possibilidade de um novo lockdown. “Não existe isso de lockdown. Não tem quem não saiba a gravidade da doença, as medidas de biossegurança que tem que tomar, o uso da máscara e álcool. Então não tem que parar a cidade”.

Um dos principais motivos para não “fechar” a cidade novamente é que a rede de saúde foi preparada e continua em condições de atender a população, em caso de confirmada a segunda onda da pandemia do novo coronavírus.

“Preparar a rede de saúde já foi feito. A rede de saúde está preparada e se não fosse pela rede de saúde de Cuiabá, se não fosse pelo trabalho nosso, o empenho da nossa equipe, como uma das capitais que melhor reagiram e protegeram a sociedade, teríamos o triplo de casos e o triplo de mortes. Eu não comemoro, pois uma vida já é terrível, mas poderia ser pior. Reconhecemos que o setor da educação privada é de longe o mais prejudicado e o mais atingido de todos, então, em virtude disso, a rede de saúde está preparada, mesmo sendo pressionada a fechar as UTIs em novembro, porque já se falava em vir a segunda onda, então os 135 leitos de UTI e as centenas de enfermaria, continuam como estavam”.

A reunião continua. Também participam a Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação e Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de Cuiabá.

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